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domingo 17 2021

Devemos nos opor ou devemos combater o mal?

BEM X MAL

Nem o verdadeiro cristianismo e nem qualquer religião civilizada ensina que devemos COMBATER o mal. Combater é guerrear, é lutar, é usar a violência se preciso for. 

Qualquer tipo de violência é condenável, pois contraria o nosso dever de amar o próximo. Lembre, perdoar setenta vezes sete.

A idéia de um Deus guerreiro é uma idéia primitiva em tempos de barbárie, Cristo nos apresentou um Deus de amor, misericórdia e perdão, qualidades opostas à de um senhor da guerra.

Opor não é combater

Mas isso não quer dizer que devamos aceitar, nos acumpliciar ou nos omitir diante do mal. Daí a necessidade de nos opor à maldade no sentido de a conter, frear e colocar empecilhos à sua sanha de destruição, para isso criamos Leis, forças de segurança, e entidades para ajudar as pessoas. 

O objetivo do mal é a destruição de tudo o que é bom e a destruição da felicidade do próximo. O mal, o sofrimento e a morte andam de mãos dadas com a maldade.

Mas como nos opor ao mal sem combate?

Simples, em primeiro lugar ter fé em Deus e fazer o bem, unir o que o mal desune, consolar os que o mal fere, orientar os que o mal desvia do bom caminho, dizer a verdade aos que o mal engana, abrir os olhos dos que o mal cega, ser tolerante e não desistir das pessoas e semear o bem por onde passarmos.

Não existe exército do bem, no máximo é um mal necessário, o objetivo de um Exército é destruir e matar. Toda criação humana baseada na morte e na violência foge à Lei do amor.

Deus é todo poderoso e não precisa de exército para o defender.

Não podemos nos opor ao mal usando as mesmas armas que ele, se o fizermos ele vence, já que nos tornamos o que pensávamos combater.

Devemos odiar a maldade e não o mau, pois o mau não passa de um ser infeliz e ignorante, que cava sua própria sepultura pensando em enterrar o próximo.

Mas e quanto o mau tira a vida de um ser querido e amado como um pai, uma mãe, um filho ou um irmão, como não odiar e pensar em justiça?

Em primeiro lugar é lógico e humano sentirmos ódio e revolta quando matam um ser querido e amado, somente uma pessoa muito evoluída não sentiria revolta e desejo de vingança no primeiro momento. Mas pense que quando nos revoltamos e odiamos, clamamos por justiça querendo a vingança.

Devemos lembrar que podem matar o corpo físico, mas jamais poderão matar o espírito. 

Devemos pensar ainda que a vida é curta e todos nós vamos morrer um dia, portanto os seres que se amam verdadeiramente se reencontrarão um dia na vida eterna.

Devemos pensar também que nada acontece sem a permissão de Deus, cujos planos nos são desconhecidos e sempre visam o que é melhor para todos, só Deus conhece o amanhã, e existem vidas piores que a morte.

Desejar o mal a uma pessoa mesmo que ela seja má, é tiro no próprio pé.

Uma pessoa que se dedica ao mal e chega a matar as outras vive cercada de energias negativas e de seres iguais ou piores que ele, tanto na vida material quanto no mundo espiritual. 

Quando você deseja o mal a uma pessoa assim, você rebaixa sua vibração ao nível desta pessoa e das forças negativas que a acompanha, assim por afinidade você atrai para si mesmo esta negatividade e estas "companhias" indesejáveis , que vão causar problemas e infelicidades em sua vida no futuro, então em vez de uma, você sofrerá duas veses, e é isso o que desejam as forças do mal, o seu sofrimento e a sua revolta, que o afastará de Deus, e o tornará um aliado e um escravo das forças trevosas.

Bandido bom é bandido morto?

Bandido bom não é bandido morto, pois morto ele fortalece as falanges do mal na espiritualidade já que o espírito é imortal, bandido bom é o bandido arrependido e renovado no bem, por isso Jesus perdoou o ladrão arrependido.

Se matassem todos os bandidos, sobraria apenas uma multidão de assassinos.

O mal carrega em si mesmo a sua própria destruição, pois trabalha contra as leis de Deus, um poder irresistível e invencível.

O mal ilude, mas sempre é desmascarado, pois quanto mais cresce, mais horrendo fica.

Portanto não precisamos fazer nada, a não ser nos opor mitigando seus efeitos e fazendo o bem. O mal tem um inimigo invencível e impiedoso, que mais cedo ou mais tarde sempre o destrói, chama-se tempo.

Deus é amor, tudo o que não é amor é egoísmo e ignorância.

André Luiz M. e Silva

Blog Folha de Tucuruí Percepção

sexta-feira 15 2021

Eu sou o caminho, a verdade e vida, ninguém vai ao pai senão por mim...



NINGUÉM VAI AO PAI SE NÃO POR MIM?

"Eu sou o caminho, a verdade e vida, ninguém vai ao Pai se não por mim." (João, 14:6)

Será que o ateu, ou os membros de outras religiões que desconhecem Jesus, como o maometano, o judeu ou o budista não irão ao Pai?

Teriam as palavras de Jesus Cristo o objetivo de fazer discriminação entre os profitentes de outras religiões, outorgando apenas aos cristãos as prerrogativas de irem ao Pai?

lnquestionavelmente, esse não era o pensamento do Mestre, pois, sendo ele um missionário que veio trazer à Terra sua doutrina de cunho universal, não poderia jamais fazer distinções dessa natureza.

Para ir ao Pai através de Jesus não basta qualificar-se Cristão, ou assentar-se nos bancos de uma religião cristã. É preciso fazer obra de cristão e, para fazer obra de cristão, é necessário não viver, mas viver os Evangelhos, aplicando-o em vida de relação.

Quem teria mais valor aos olhos de Deus: um ateu que pratica o bem, ama o seu próximo, cumpre o seu dever no lar, ou um cristão que freqüenta a sua igreja, mas que não pratica qualquer sorte de caridade, não tolera o seu próximo e torna-se um tirano no lar?

Quem teria mais mérito: uma pessoa que não crê em Deus, mas está sempre disposta a cooperar com o seu próximo, ou um cristão que vira as costas e fecha as portas do coração para tudo e para todos?

O apóstolo Tiago Menor, ao escrever a sua inspirada Epístola Universal, deixou bem claro que "a fé sem obras é morta em si mesma", no que foi corroborado por Paulo de Tarso, quando afirmou na célebre Epístola aos Coríntios que "se alguém falar a língua dos homens e dos anjos, ou der o corpo para ser queimado em praça pública, mas não tiver caridade, isso nada significa".

De nada adianta proclamar-se cristão, pois assim como João Batista afirmou aos judeus que se arrogavam ser "filhos de Abraão", que das pedras existentes às margens do Rio Jordão Deus poderia fazer novos "filhos de Abraão", é óbvio que mesmo criaturas mais endurecidas podem se proclamar cristãs, mas isso não significa que elas sejam cristãs na verdadeira acepção do vocábulo.

Na parábola do rico e de Lázaro, vimos o rico chamar Abraão de Pai, o que significa que ele se considerava filho desse grande patriarca, mas ele não fez obras dignas de um "filho de Abraão" e, por isso, foi parar nos planos inferiores onde "há choro e ranger de dentes".

Ser cristão significa ser bom rico, um rico que sabe dar uma parcela dos seus bens para bem-estar dos menos favorecidos pela fortuna; ser bom pobre, que não vive constantemente blasfemando contra Deus e contra tudo; ser caridoso, ser tolerante, ser bom, não guardar ciúmes, vaidades; não ser orgulhoso, déspota ou rancoroso; não cobiçar as coisas alheias nem alimentar inveja contra a prosperidade do seu próximo.

Em suma, para ir ao Pai, através do Cristo, é preciso viver tudo aquilo que está exarado nas páginas dos Evangelhos, embora quem o faça pertença às mais diversas ramificações religiosas da Terra, mesmo que não sejam do ramo cristão.

Deve-se também levar em consideração que os antigos mentores religiosos, como Buda, Zoroastro, Krishna, Maomé, Abraão, Moisés e outros, foram também emissários de Jesus que vieram em outras regiões do mundo, a fim de ali deixarem as sementes generosas que germinarão mais tarde, quando o Evangelho de Jesus estiverem implantados em todos os quadrantes do mundo, quando a época for propícia para haver "um só rebanho sob o cajado de um só pastor",

Se os ensinamentos desses missionários divergem, em parte, daquilo que o Mestre Nazareno ensinou, deve-se compreender que isso foi decorrência do próprio atraso moral e espiritual reinante nas respectivas épocas. Não resta dúvida, entretanto, que todas as arestas serão removidas, para que todos venham um dia a conhecer que Jesus é realmente o Caminho, a Verdade e a Vida, e que ninguém irá ao Pai a não ser por seu intermédio, isto é, através da assimilação dos seus ensinamentos.

O amor, a caridade, a fraternidade, a mansuetude, a tolerância são vocábulos universais, e todas as religiões que os consagrarem estarão palmilhando os caminhos balizados por Jesus Cristo.

Autor: Paulo A. Godoy

Comentário do editor

Realmente, esta afirmação de Jesus se refere aos seus ensinamentos, veja a lógica que corrobora esta conclusão: Se Jesus tivesse se referindo a si mesmo como pessoa, como ficariam todos aqueles que morreram antes do seu nascimento, como Davi, Moisés e os profetas? Estariam todos fora do caminho de Deus?

E as pessoas que morreram e morrem sem conhecer a vida e a história de Jesus?

Pensar que apenas o cristianismo eleva o homem a Deus é de um egoísmo imenso, além de incentivar o ódio e a intolerância para com as outras religiões.

Toda os homens são filhos de Deus sem qualquer distinção, o que os difere é a bondade, o amor ao próximo e à obra de Deus como um todo.

A religião deve unir e não dividir a humanidade jogando irmão contra irmão.

Paz na terra aos homens de boa vontade.

André Luiz M. e Silva

segunda-feira 11 2021

Diálogo sobre a vida e a morte, ciência e religião

 

Vida e morte em diálogo

“Vida e morte em diálogo — Ciência e Fé conversam sobre as dimensões da existência” é tema de debate em Fórum mundial 

Nos próximos dias 19 e 20 de outubro de 2021, o Fórum Mundial Espírito e Ciência, promovido pela Legião da Boa Vontade (LBV), reunirá, às 19h30, em formato on-line, representantes da Religião e da Ciência para debater o tema “Vida e morte em diálogo — Ciência e Fé conversam sobre as dimensões da existência”. 

Com tradução simultânea para o inglês, o espanhol e a Libras, este importante espaço tem como um de seus objetivos “promover o intercâmbio entre o conhecimento científico e as várias tradições religiosas sobre o Espírito do ser humano” e, nesta edição, contará com a participação dos seguintes palestrantes:

Dia 19 de outubro (terça-feira)

Dr. Raymond Moody — Médico psiquiatra norte-americano e Ph.D. em Filosofia. Pioneiro na pesquisa de experiências de quase-morte (EQMs); Dra. Helané Wahbeh — Diretora de pesquisa do Instituto de Ciências Noéticas e professora assistente adjunta do Departamento de Neurologia da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos. Atual presidente da Parapsychological Association; Andréa de Jesus — Pregadora Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo e Missionária de Desenvolvimento Apostolar; Prof. Dr. Ramon Moraes Penha — Professor adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, mestre em Enfermagem e doutor em Ciências pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP); e Rodrigo Alvarez — Jornalista e escritor.

Dia 20 de outubro (quarta-feira)

Dr. Jim Tucker — Professor de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais na Universidade da Virgínia (EUA), onde deu continuidade ao trabalho de investigação do Dr. Ian Stevenson com crianças que relatam memórias de vidas anteriores e as lembranças pré-natais e do nascimento; Sandra Maciel — Psicóloga e doutoranda pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É integrante do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (Nupes), na UFJF; Maria das Graças Nascimento — Coordenadora do Movimento Inter-religioso do Rio de Janeiro/RJ e integrante da Sociedade Teosófica; e Renato Prieto — Ator e diretor teatral. Um dos expoentes na dramaturgia brasileira, atuou em Nosso Lar, onde interpretou o protagonista da história, André Luiz. O filme é uma adaptação cinematográfica do livro homônimo psicografado pelo médium brasileiro Chico Xavier (1910-2002).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas acessando o link: https://www.forumespiritoeciencia.org/inscricao/. Há a opção de certificado por um valor acessível, com o total de horas para contabilizar em atividades curriculares e universitárias.

O Fórum

Criado por Paiva Netto, diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, o Fórum Mundial Espírito e Ciência teve sua primeira edição realizada entre os dias 18 e 21 de outubro de 2000, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, debatendo o tema “Ciência e Fé na trilha do equilíbrio”. Reuniu inúmeros cientistas, religiosos, pesquisadores e estudiosos, do Brasil e do exterior, para apresentarem suas visões acerca do possível e necessário intercâmbio entre os campos do saber. Diante do sucesso e da grande repercussão alcançada por essa iniciativa, o Fórum tornou-se uma atividade permanente.

Autor LBV.

domingo 10 2021

Jesus era judeu, e se voltasse hoje hesitaria em ser um cristão

JESUS SERIA NOVAMENTE CRUCIFICADO HOJE

Se Jesus viesse novamente a Terra reiniciar seu ministério, ele seria novamente crucificado por todos nós.

Você tem alguma dúvida disso?  Ou será que Jesus seria bem recebido e apoiado pelo ser humano atual?

Vejamos… Quando Jesus falasse para não juntarmos tesouros na terra, mas sim juntarmos tesouros no céu… os banqueiros iriam pedir a sua cabeça, os grandes empresários que visam o lucro iriam querer mata-lo e a mídia atual iria fazer de tudo para destruir a sua imagem.

Quando Jesus expulsasse os vendilhões do templo que desejam lucrar com a fé, os pastores da teologia da prosperidade diriam que ele é um falso profeta, ele seria atacado pelos líderes das igrejas midiáticas e, em seus programas de TV, ele seria apresentado como um farsante, um aproveitador e um mistificador.

Quando Jesus falasse em perdoar 7 vezes 70 vezes todos aqueles que defendem a pena de morte, penas mais duras para bandidos e a violência em resposta à violência iriam reclamar e o expulsariam de suas casas.

Quando Jesus ensinasse que “não se pode servir a Deus e a mamom (dinheiro)”, o sistema financeiro iria querer bani-lo a fim de evitar uma queda na bolsa de valores.

Quando Jesus falasse que “bem-aventurados são os mansos e os pacíficos”, iriam chamá-lo de otário, de banana e diriam que ele precisa se defender dos ataques dos marginais.

Quando Jesus explicasse que os pobres de espírito chegarão ao Reino de Deus, os homens de “sucesso”, do marketing, do business e da “lei da atração” iriam querer agredi-lo.

Quando Jesus dissesse para todos darem seu dinheiro aos pobres, muitos diriam que ele é “assistencialista” e que ajuda “vagabundo”.

Quando Jesus pregasse que “os últimos serão os primeiros”, os palestrantes motivacionais e os coaches diriam que precisamos sempre estar em primeiro lugar, vencer as competições, ter ambições, para sermos “alguém na vida” e recebermos elogios e fama pelas nossas conquistas.

Quando Jesus ensinasse que “o grande entre vós é aquele que serve”, os ricos e privilegiados ficariam com raiva dizendo que o bom da vida não é servir… mas ser servido.

Quando Jesus dissesse que “Deus revela aos simples de coração aquilo que esconde dos doutos”, os pretensos “doutores”, os intelectuais que se arrogam de seu saber e os acadêmicos muito vaidosos de seu “vasto conhecimento” diriam que ele não tem formação adequada para opinar e que é um ignorante.

Quando Jesus mostrasse a importância do “ama teu próximo como a ti mesmo”, muitos diriam que podem até amar, com exceção dos políticos, dos membros de outras religiões e de todos os que pensam e agem diferente de nós. Posso até amar… desde que o outro faça a minha vontade e siga o meu certo.

E finalmente… quando Jesus fosse condenado à pena de morte entre bandidos e perdoasse um deles, dizendo que hoje mesmo estaria com ele no Reino de Deus, muitos diriam: está vendo como ele defende bandido? Ele merece mesmo ser crucificado.

(Hugo Lapa) 

sábado 09 2021

Será que só Jesus salva mesmo?


SERÁ QUE SÓ JESUS SALVA MESMO?

Muitos cristãos, católicos, evangélicos e outras denominações, cultivam uma ideia muito equivocada sobre a dita “salvação” espiritual. Creem eles que o único caminho para a salvação se encontra exclusivamente em Jesus e que todos os outros caminhos são falsos, são ilusórios, são uma total perda de tempo, ou ainda, são “coisa do diabo”. Mas será isto realmente verdade? Será que ninguém pode obter a tão esperada salvação caso não siga Jesus?

Nesse caso, como ficariam as pessoas que viveram antes do nascimento de Jesus e não puderam conhece-lo para seguirem o caminho da salvação? Como ficariam pessoas de outras culturas onde Jesus praticamente não é conhecido até os dias de hoje? 

Como ficariam ainda pessoas que durante milênios, de países árabes, asiáticos, índios das américas e tantos outros milhares de povos, com bilhões e bilhões de pessoas ao longo da história que nunca nem sequer puderam ouvir falar de Jesus?

Será que Deus seria injusto a ponto de privilegiar uns poucos brindando-os com um nascimento num lar cristão convencional, onde teriam toda a vida para se entregar a Jesus, enquanto outros haveria que nunca ouviram falar dele? Se assim fosse, ninguém poderia falar em justiça divina, essa seria uma mera ficção filosófica, pois Deus, sendo infinitamente justo, bom, perfeito e misericordioso, certamente deve dar aos seus filhos as mesmas condições ou oportunidades de salvação. Se uns tem acesso e outros não, onde estaria a justiça?

Na verdade, o que alguns cristãos não querem enxergar é algo muito simples de ser compreendido: não é a figura de Jesus que salva; não é a mera crença em Jesus que definirá nossa ida ao Reino de Deus; não é a conformidade com os dogmas ou a ritualística de uma igreja que fará a pessoa ir ao céu. 

Jesus é a representação do amor em ação. Ele deixou um legado de ensinamentos e um exemplo ou modelo de vida. Seguir Jesus e obter a salvação é praticar esse exemplo de vida dentro dos ensinamentos deixados por ele. Jamais a salvação poderia ser alcançada pela crença, pela fé cega, pela mecânica participação dos cultos, pela leitura superficial dos evangelhos, pela oração a Jesus, etc. 

A essência do que conhecemos por “salvação” consiste na aplicação dos ensinamentos de Jesus na prática diária de nossa vida. A salvação não está na crença na figura ou na imagem de Jesus, pois afinal, é certo que cada pessoa tem uma imagem daquilo que seja Jesus, mas será que essa imagem ou ideia corresponde ao que Jesus é de verdade? Não… obviamente cada pessoa enxerga Jesus de uma forma muito pessoal e subjetiva. Por isso, quando cremos apenas na “ideia-Jesus”, estamos na verdade acreditando em algo que nossa mente criou e que não é necessariamente a realidade da natureza da alma que denominamos de “Jesus”.

Dessa forma, crer em Jesus obviamente não é suficiente para a salvação. É necessário, como dissemos, colocar em prática seu exemplo de vida e aplicar seus ensinamentos em nosso cotidiano. Se a pessoa não coloca em prática seu exemplo; se ela não vive como Jesus viveu; se ela não se torna uma força amorosa da natureza, ela não poderá obter a salvação. A salvação vem da vivência do amor, da paz, do perdão e da felicidade em Deus que Jesus viveu… e não da crença vazia em Jesus. A salvação é da ordem da vivência e não da ordem da crença.

Vejamos, será que há mesmo salvação fora do “amar ao próximo como a ti mesmo”? Obviamente que não. Se você não ama o próximo, como Jesus ensinou, não será salvo. Caso contrário para que Jesus teria vindo a Terra para ensinar o amor? Apenas para falar de coisas bonitas, mas que não tem qualquer viés prático na salvação das almas? Se assim fosse, ele apenas diria “Creiam em mim e serão todos salvos”. Bastariam essas palavras… e nada mais seria preciso mencionar. Para que dizer as pessoas que amem seu próximo se não fosse o amor fundamental na salvação?

Vejamos… Será que existe salvação se a pessoa não se tornar “pobre de espírito” (mateus 5, 3)? Será que existe salvação se a pessoa não se tornar mansa, para herdar a terra? (mateus 5, 5) Será que existe salvação se a pessoa não se tiver fome e sede de Justiça (mateus 5, 6)? Será que existe salvação se a pessoa não se tornar misericordiosa (mateus 5, 7)? Será que existe salvação se a pessoa não se tornar pura de coração (mateus 5, 8)? Ou será ainda que existe salvação se a pessoa não perdoar 7 vezes 70 vezes, como pediu Jesus que todos fizessem?

Será que existe salvação se a pessoa acumular tesouros na terra e não acumular tesouros no céu, como diz Jesus em (mateus 6, 19, 20)? Será que existe salvação se a pessoa não “amar seu inimigo”, como nos pede Jesus em (mateus 5, 44)? Será ainda que existe salvação se a pessoa continuar se preocupando com o que vai comer e com o que vai vestir? Jesus deixa claro que ninguém deve se preocupar com essas questões financeiras em (mateus 6, 25), pois que, segundo Jesus, a vida é muito mais que o mantimento e “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus” (Lucas 4, 4)

Eu pergunto sinceramente a todos: é possível conquistar a salvação se não formos inocentes como as crianças? É possível conquistar a salvação sem que a pessoa veja o Reino de Deus dentro dela mesma (lucas 17, 21)?. Jesus ainda reforçou essa ideia quando disse “vós sois deuses” em (João 10, 34) e também quando disse “podeis fazer o que eu faço e coisas ainda maiores” (João 14, 12). É possível atingir a salvação sem se libertar de toda a avareza? “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.” (lucas 12, 15)

Todos esses ensinamentos de Jesus mostram que, para se obter a salvação, é necessário seguir esses preceitos e aplica-los em nossa vida diária. Como disse Chico Xavier: “Jesus não é uma personalidade a ser adorada, mas uma realidade a ser vivida”. 

A salvação vem da experiência ou da vivência do que Jesus representou e não da adoração pura e simples à uma imagem, a um ídolo. A própria Bíblia condena a adoração de ídolos e fala apenas da entrega à vontade de Deus. A salvação vem da prática, do caminhar como Jesus caminhou; do viver como Jesus viveu; do ver a vida como Jesus via. A salvação vem da transformação íntima que os ensinamentos de Jesus podem provocar em nossa vida, trazendo paz, felicidade, amor, harmonia, plenitude, liberdade, etc. Quando se atinge esse estado de graça, de felicidade suprema em Deus, a salvação será uma realidade em nossas vidas.

Autor: Hugo Lapa

Paz e bem a todos