Comentários nas redes sociais, inteligência X boçalidade.
O objetivo dos comentários e expor ideias e contribuir para o conhecimento e o esclarecimento de determinado assunto ou tema, corroborando a ideia ou apresentando o contraditório. O comentário nos blogs, por exemplo, tem como objetivo o debate sadio e respeitoso que contribui para aperfeiçoar o conhecimento sobre determinado assunto.
Nenhum blogueiro abre os comentários em seu blog para ser ofendido e atacado, e nenhum blogueiro inteligente abre os comentários para a prática de ódio e crimes, já que o dono do blog responde criminalmente por tudo que é postado, mesmo que a postagem não seja de sua autoria.
Existem pessoas que não tem a mínima educação e sua boçalidade é tamanha que eles não sabem expressar as suas ideias de forma educada e respeitosa, acreditam em sua mediocridade que pessoas sérias e inteligentes aceitam ideias expressas de forma grosseira, mal educada e infantil.
Vejam por exemplo o último comentário postado em nosso blog, comentário este evidentemente deletado é claro, vejam a boçalidade expressa em apenas um pequeno comentário de apenas duas frases: Porcarias, baba-ovos, patrãozinho, Há... E ainda tem um “desafio” digno de colegiais na primeira infância: (“e muito menos vai publicar meu comentário”). Este tipo de desafio me deixa até com saudade da minha infância, quando um menino na sua infantilidade fazia um risco no chão e desafiava o outro: “Passa esta linha se você for homem”, ou então: “Cospe aqui se for homem...”.
Nenhum blogueiro sério, inteligente e adulto publica uma coisa idiota como esta, pega até mal, para nós informação e debate de ideias é coisa séria, este blog é para adultos não é para crianças, ainda mais crianças velhas e mal educadas.
Então, existem diversas formas de se comunicar e mesmo fazer política, comentar nas redes sociais também é uma forma de fazer política, é possível dizer tudo o que se pensa sem ser grosseiro e mal educado, basta saber redigir um texto inteligente sem utilizar palavras e expressões chulas vulgares e agressivas. Política também é convencimento, não se convence ninguém com grosserias e vulgaridades, com um texto grosseiro só se convence que o seu editor é ignorante e vulgar.
Cargos de confiança e contratados nos governos, certo ou errado?
O Brasil tem 26 Estados e 570 municípios além do Distrito Federal, desafiamos a qualquer pessoa a nos mostrar apenas um município que não tenha contratados e cargos de confiança... Querer que o governo de Tucuruí (quando o prefeito é adversário é claro) seja uma exceção é no mínimo hipocrisia, demagogia e velhacaria. Cargos de confiança existem nas democracias do mundo todo e não é de hoje, a família Real Portuguesa, por exemplo, quando veio para o Brasil trouxe milhares de funcionários públicos de confiança do Rei e depois que chegou nomeou muitos mais.
A fuga da família real não se restringiu, como se sabe, a meia dúzia de ministros e algumas dezenas de funcionários do Estado. Foram alguns milhares de “dependentes” do Estado que precisavam ser agraciados com os favores da corte. Apenas a título de comparação mencione-se que em 1800, ao transferir a capital da Filadélfia para Washington, o presidente John Adams trouxe consigo cerca de 1.000 funcionários governamentais (e isso nos EUA). Com D. João, vieram entre 10 e 15 mil funcionários portugueses, segundo as crônicas históricas.
Era preciso dar emprego para toda essa gente. Na verdade, muitos deles não trabalhavam, consoante seu estatuto de “nobres” (aos quais não se permitia o exercício de alguma atividade “manual”. Em Portugal, para sermos precisos, não eram muitos os nobres, mas o coração generoso de D. João se encarregaria de criar muitos mais, ao aqui chegar, pela prática de enobrecer aqueles que tinham cedido suas casas, contribuído financeiramente para a manutenção da corte, participado na constituição do Banco do Brasil e outros favores mais.
Como esclarece um historiador: “Os indivíduos enobrecidos, agraciados com hábitos ou comendas, entendiam não lhes quadrar mais comerciar, sim viver das suas rendas, ou melhor ainda, dos empregos do Estado. Avolumar-se-ia desta forma o número dos funcionários públicos, com o rancor dos burocratas do reino, que tinham acompanhado a família real ou chegavam seduzidos por essas colocações em que as fraudes multiplicavam os ganhos lícitos, muito pouco remunerados” (Oliveira Lima, D. João VI no Brasil, p. 57). E não eram poucos, os candidatos a um emprego público: além da família real, 276 fidalgos e dignitários régios recebiam verba anual de custeio e representação, paga em moedas de ouro e prata, retiradas do erário real; havia ainda 2000 funcionário reais, 700 padres, 500 advogados, 200 praticantes da medicina, entre 4 e 5 mil militares, todos vivendo em torno da Coroa. Um dos padres recebia 250 mil réis (14 mil reais de hoje), só para confessar a rainha (Fonte: Luiz Felipe Alencastro, “Vida privada e ordem privada no império” in História da Vida Privada no Brasil, vol. 2, p. 12). Vejam a matéria completa. http://www.espacoacademico.com.br/080/80pra.htm
Atualmente
Prefeito, Governador e Presidente não governam sozinhos, eles precisam de pessoas de confiança para dividir o poder, administrar a cidade, executar suas ordens e zelar pela imagem politica da administração. E precisa de cargos para atender aos compromissos políticos e ao legislativo. Não tem como uma Prefeitura não ter Cargos de Confiança e contratados, o problema é quando tem abuso. Esta é a realidade, o resto é hipocrisia e demagogia.
Outro problema dos gestores é na hora de escolher os ocupantes de cargos de confiança, como no Brasil os governos são de coalizão (nenhum partido politico governa sozinho), o poder é dividido entre os partidos que fazem à base de sustentação do governo, nenhum partido apoia um prefeito pelos seus lindos olhos ou por idealismo, os partidos apoiam governos para participar deles, e os partidos participam dos governos indicando cargos de confiança, é assim que funciona e vai continuar funcionando nos municípios, Estados e no Governo Federal enquanto vivermos em um país republicano e democrata. Qualquer pessoa minimamente informada conhece esta realidade. A democracia não é perfeita, mas é o melhor sistema de governo que o homem criou.
O Prefeito deve ser político ou administrador?
Prefeito, Governador e Presidente têm de serem as duas coisas, se for só administrador ou só político não tem como fazer um bom governo, ser administrador e político ao mesmo tempo é fundamental.
Se o prefeito for apenas administrador, acabará por perder apoio político e popular e sem isso ele não governa, pois Prefeito não governa sozinho e sem apoio, o prefeito tem de lidar com muitos interesses muitos deles divergentes, a política e a sociedade tem inúmeros interesses, na política existem interesses partidários de grupos e de poder, na sociedade também existem diversos interesses, Exemplo: Tem os interesses dos religiosos, dos empresários, dos trabalhadores, agricultores, do transporte público e muitos outros, e é claro até pelas divergências, quando se atende o interesse de um grupo o prefeito normalmente desagrada interesses de outros grupos, é preciso ser político e gestor ao mesmo tempo para resolver este dilema.
Na questão dos cargos de confiança e contratados, quando o prefeito contrata atende aos interesses puramente administrativos, assim como atente aos interesses dos grupos que o apoiam, mas ao mesmo tempo desagrada os grupos de oposição que naturalmente estão fora do governo, quando o Prefeito nomeia um Secretário desagrada muitos outros aliados que querem o mesmo cargo, por isso o prefeito precisa ser político e ter jogo de cintura, lembrando que faça o que fizer, o Prefeito SEMPRE vai desagradar a oposição a menos que renuncie ao mandato, neste caso eles vão apoiar é claro (Rs). Como não dá para agradar a oposição, o melhor é não perder tempo tentando, o prefeito deve usar o seu tempo e seus esforços para desenvolver o município, unir seu grupo de apoio e dar qualidade de vida para a população.
Secretário, administrador e político
Um dos maiores problemas do gestor é encontrar pessoas adequadas para os cargos de chefia e assessoramento. Assim como o Prefeito, os Secretários também precisam ser políticos, aliás, o Secretário exerce um Cargo Político previsto na Constituição Federal, por ser um cargo político, não é nepotismo ou ilegal o Prefeito nomear parentes para exercerem cargos de Secretários de Governo.
Um Secretário que foi eficiente em uma empresa particular ou em uma autarquia Estadual ou Federal pode ser um desastre em uma administração municipal, tivemos inúmeros exemplos disso, em que empresários de sucesso fracassaram completamente como Secretários de Governo. Para começar na empresa privada o Secretário teria que agradar ao dono da empresa e ao seu chefe imediato trabalhando com eficiência e bajulando muito, no caso da prefeitura, o Secretário tem de ter jogo de cintura e agradar a toda a população, incluindo políticos e servidores, órgão público não tem de dar lucro, pois não é esta a sua finalidade, na Administração Pública o patrão é o povo, e por isso ele tem que atender e tratar bem a todos e prestar um bom serviço para a população, só isso.
Outra coisa, o Secretário tem de ser político, pois a política nos municípios é muito diferente da política na iniciativa privada (Lá também tem política, a como tem), diferente também dos Estados e no Governo Federal, principalmente nas cidades médias e pequenas. A política no município é muito pessoal e muito próxima do gestor, você pode trabalhar vinte anos no Estado ou no Governo Federal e nunca ver pessoalmente e muito menos falar com um Governador ou um Presidente, normalmente eles nunca saberão que você existe, tem mais, você nunca conhecerá todos os órgãos Estaduais/ Federais e provavelmente não vai conhecer mais que 1 ou 2% dos servidores Estaduais e Federais, o relacionamento do gestor com o servidor e o cidadão comum é muito distante.
No município é diferente, dificilmente o cidadão não vai se encontrar com o Prefeito nas ruas, no comércio ou em eventos públicos, e você provavelmente conhece a maioria dos servidores da Prefeitura de vista ou pelo nome, portanto a politica municipal é muito pessoal e isso faz toda a diferença.
Um bom Prefeito é administrador, político, bombeiro (apaga incêndios), bom ouvinte e sabe escolher seus auxiliares, sabe distinguir um bom conselho de uma maledicência ou de um fuxico, sabe corrigir erros e conter abusos na administração já que isso é inevitãvel, pois quando se dá o poder a alguém, provavelmente em algum momento este alguém vai abusar deste poder, principalmente se este poder é emprestado e não foi conquistado nas urnas.
O Parsifal quando prefeito tinha uma forma interessante e eficiente de lidar com o fuxico, ele chamava o fuxiqueiro e a "vítima" e colocava os dois de frente, normalmente a verdade vinha à tona, com isso em sua gestão os fuxicos e calúnias não acabaram, mas diminuíram muito, normalmente os caluniadores são covardes e não enfrentam as pessoas cara a cara.
Um prefeito político/administrador em Tucuruí?
Tucuruí é um exemplo de que o prefeito precisa ser ao mesmo tempo político e administrador, tivemos inúmeros prefeitos, mas ainda não tivemos nenhum que fosse administrador e político ao mesmo tempo, só o Sancler conseguiu se reeleger, mas porque surfou nos programas do Governo Federal (PAC) que investiu trilhões em todo o Brasil, Sancler ainda aproveitou a divisão e a desorganização da oposição que não esta à venda em Tucuruí, assim como não teve pudor em utilizar em seu benefício à máquina da Prefeitura com milhares de contratações, promessas enganosas através de cadastros do Cartão Cidadão e dos famosos cadastros da Casa Própria. Sancler não foi um bom administrador, foi apenas um político oportunista que não hesitava em burlar a Lei e desafiar a justiça, e que tirou proveito e se apropriou dos programas sociais do Governo Federal em Tucuruí.
Quando o Governo Federal foi boicotado pelo congresso golpista e corrupto, e a Presidente foi impedida de governar o que levou o Brasil ao aprofundamento da crise econômica que era mundial, os recursos federais foram reduzidos em todo o país e é claro em Tucuruí, e com a Prefeitura falida, endividada e com uma administração atolada em escândalos de corrupção, com o prefeito desgastado e respondendo a dezenas de processos na justiça, Sancler não conseguiu fazer o seu sucessor e o seu grupo politico foi alijado do poder.
A política é uma ciência e uma arte, política não é para amador. Tivemos prefeitos que eram políticos, mas eram maus administradores, como por exemplo, o Navegantes, Cláudio e o Sancler, e tivemos o Parsifal que era mais administrador que político, no entanto infelizmente nunca tivemos um Prefeito político/administrador.
Temos agora o Jones que está há apenas quatro meses no cargo, diante de um governo ainda no começo e com tantos problemas e com a Prefeitura falida, não temos ainda como avaliar com precisão o atual governo, no entanto vemos no Prefeito a vontade de acertar e a humildade no trato com os servidores e a população, o que é um bom sinal, o prefeito pode ser visto diariamente andando pelas ruas da cidade, fiscalizando as obras, prestigiando eventos públicos e em reuniões com a sociedade organizada e entidades governamentais e não governamentais, na maioria das vezes o prefeito é visto em público sem uma escolta de seguranças e bajuladores, penso que os bajuladores sejam dispensáveis, mas a escolta de seguranças, mesmo que de forma discreta deve haver, até por se tratar da autoridade máxima no Município.
Vamos esperar a Prefeitura equacionar a questão da brutal queda da arrecadação e resolver o problema da dívida de quase 170 milhões (o que equivale a quase nove meses de arrecadação da Prefeitura), para que a PMT possa retornar os investimentos e começar a cumprir os compromissos de campanha, como a urbanização dos bairros com asfalto e água tratada, melhoria no atendimento médico, na educação e na geração de empregos.
Tucuruí precisa de fé e de esperança, não vamos fazer como os golpistas liderados pelo PSDB, que trabalharam para o quanto pior melhor, e destruíram a economia do país para justificar o golpe e a derrubada de um governo democraticamente eleito e assumir o governo pelo golpe e no tapetão.
Na democracia a oposição tem um papel importante e fundamental, pois ajuda a fiscalizar e aponta os erros do governo, mas deve ser uma oposição responsável, que de fato defenda o interesse público, mas que acima de tudo respeite a vontade do povo e o resultado das urnas, pois sem democracia não existe futuro.