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quinta-feira 22 2011

Ai como é grande...


"O IBGE publicou ontem, 21, o caderno “Aglomerados Subnormais - Primeiros resultados”. Os dados foram compilados do Censo de 2010.
“Aglomerados Subnormais” (AS) são “favelas, invasões, baixadas e palafitas”. O caderno revela que o número de pessoas vivendo nestas áreas praticamente dobrou nos últimos 20 anos."  Imagem e texto do Blog do Parsifal. Vejam a matéria completa.

Atenção amigos, o número de pessoas vivendo nestas áreas praticamente dobrou nos últimos 20 anos. Não aumentou por culpa somente do governo passado, TODOS os governos neste período tem a sua parcela de responsabilidade.

O Pará é o terceiro em violência no Brasil ("perdendo" apenas para Alagoas e Bahia), Belém tem o maior percentual de pessoas vivendo em favelas, invasões, baixadas e palafitas e o Pará é campeão em desmatamento ilegal. 

Mas isso não é nada e está tudo bem, pois o Pará é grande. 

A miséria e a ameaça de violência a que está submetida grande parte da população paraense é apenas um detalhe e nem é o mais importante...

Pobreza extrema e condições de vida e habitação insalubre em que vive grande parte da população, índices alarmantes de violência e crimes ambientais não são importantes...


Não importa se o povo sofre, se é abatido pelos criminosos como gado no matadouro, se nossas crianças são estupradas e vendidas, se o povo é roubado e refém dos corruptos e de outros bandidos que gozam de privilégios e de total impunidade...

O importante é que vivemos em um Estado grande e "rico"!!!

Tucuruí - A cidade está suja


Apesar dos milhões gastos anualmente pela PMT com a limpeza pública, a cidade está suja. 

Vejam a situação do menor bairro da Cidade, o Bairro Tozetti. A mais de vinte dias que as ruas do bairro estão praticamente intransitáveis. O mato também toma conta de ruas,  terrenos baldios e terrenos públicos.

Os funcionários da PMT não podem roçar o mato por que não tem gasolina para abastecer as roçadeiras.

Vejam a situação do Bairro Tozetti: uma imagem fala mais que mil palavras...





CPI da Privataria Tucana

Do Blog Tijolaço

   
Não há como retirar assinatura: CPI tem número regimental para ser instalada. Depois de verificadas as assinaturas que não conferiam e as em duplicata, 185 deputados, 14 a mais que o necessário, assinaram o pedido de CPI da Privataria feito pelo Deputado Protógenes Queiroz.
  
Eis a lista completa, retirada do documento oficial da mesa da Câmara:
    
1 ABELARDO CAMARINHA PSB SP
2 ADEMIR CAMILO PSD MG
3 ADRIAN PMDB RJ
4 ALBERTO FILHO PMDB MA
5 ALESSANDRO MOLON PT RJ
6 ALEXANDRE LEITE DEM SP
7 ALICE PORTUGAL PCdoB BA
8 ALINE CORRÊA PP SP
9 ALMEIDA LIMA PPS SE
10 AMAURI TEIXEIRA PT BA
11 ANDRÉ FIGUEIREDO PDT CE
12 ANDRE MOURA PSC SE
13 ANDRE VARGAS PT PR
14 ÂNGELO AGNOLIN PDT TO
15 ANGELO VANHONI PT PR
16 ANÍBAL GOMES PMDB CE
17 ANTHONY GAROTINHO PR RJ
18 ANTONIO BALHMANN PSB CE
19 ARIOSTO HOLANDA PSB CE
20 ARNON BEZERRA PTB CE
21 ARTUR BRUNO PT CE
22 ASSIS CARVALHO PT PI
23 ASSIS DO COUTO PT 23 PR
24 ASSIS MELO PCdoB RS
25 BETO FARO PT PA
26 BIFFI PT MS
27 BOHN GASS PT RS
28 BRIZOLA NETO PDT RJ
29 CABO JULIANO RABELO PSB MT
30 CARLOS ZARATTINI PT SP
31 CHICO ALENCAR PSOL RJ
32 CHICO D’ANGELO PT RJ
33 CHICO LOPES PCdoB CE
34 CIDA BORGHETTI PP PR
35 CLÁUDIO PUTY PT PA
36 CLEBER VERDE PRB MA
37 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA
38 DANILO FORTE PMDB CE
39 DELEGADO PROTÓGENES PCdoB SP
40 DEVANIR RIBEIRO PT SP
41 DOMINGOS DUTRA PT MA
42 DR. GRILO PSL MG
43 DR. JORGE SILVA PDT ES
44 DR. PAULO CÉSAR PSD RJ
45 DR. ROSINHA PT PR
46 DR. UBIALI PSB SP
47 EDINHO ARAÚJO PMDB SP
48 EDSON EZEQUIEL PMDB RJ
49 EDSON SILVA PSB CE
50 EFRAIM FILHO DEM PB
51 ELCIONE BARBALHO PMDB PA
52 ELIANE ROLIM PT RJ
53 EMILIANO JOSÉ PT BA
54 ENIO BACCI PDT RS
55 ERIKA KOKAY PT DF
56 EUDES XAVIER PT CE
57 EVANDRO MILHOMEN PCdoB AP
58 FÁTIMA BEZERRA PT RN
59 FERNANDO FERRO PT PE
60 FERNANDO FRANCISCHINI PSDB PR
61 FERNANDO MARRONI PT RS
62 FRANCISCO ARAÚJO PSD RR
63 FRANCISCO ESCÓRCIO PMDB MA
64 FRANCISCO PRACIANO PT AM
65 GABRIEL GUIMARÃES PT MG
66 GERALDO SIMÕES PT BA
67 GIACOBO PR PR
68 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL
69 GLAUBER BRAGA PSB RJ
70 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
71 HENRIQUE FONTANA PT RS
72 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM
73 IRACEMA PORTELLA PP PI
74 IVAN VALENTE PSOL SP
75 IZALCI PR DF
76 JAIR BOLSONARO PP RJ
77 JANDIRA FEGHALI PCdoB RJ
78 JANETE CAPIBERIBE PSB AP
79 JANETE ROCHA PIETÁ PT SP
80 JÂNIO NATAL PRP BA
81 JEAN WYLLYS PSOL RJ
82 JÔ MORAES PCdoB MG
83 JOÃO ANANIAS PCdoB CE
84 JOÃO PAULO CUNHA PT SP
85 JOÃO PAULO LIMA PT PE
86 JORGINHO MELLO PSDB SC
87 JOSÉ DE FILIPPI PT SP
88 JOSÉ GUIMARÃES PT CE
89 JOSÉ MENTOR PT SP
90 JOSE STÉDILE PSB RS
91 JOSEPH BANDEIRA PT BA
92 JOSIAS GOMES PT BA
93 KEIKO OTA PSB SP
94 LAERCIO OLIVEIRA PR SE
95 LAUREZ MOREIRA PSB TO
96 LEONARDO MONTEIRO PT MG
97 LINCOLN PORTELA PR MG
98 LOURIVAL MENDES PTdoB MA
99 LUCI CHOINACKI PT SC
100 LUCIANA SANTOS PCdoB PE
101 LUCIANO CASTRO PR RR
102 LUIZ ALBERTO PT BA
103 LUIZ CARLOS PSDB AP
104 LUIZ COUTO PT PB
105 LUIZ NOÉ PSB RS
106 LUIZA ERUNDINA PSB SP
107 MANATO PDT ES
108 MANUELA D’ÁVILA PCdoB RS
109 MARCELO MATOS PDT RJ
110 MÁRCIO MACÊDO PT SE
111 MARCON PT RS
112 MARCOS MEDRADO PDT BA
113 MARCOS ROGÉRIO PDT RO
114 MARINA SANTANNA PT GO
115 MARLLOS SAMPAIO PMDB PI
116 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL
117 MAURO BENEVIDES PMDB CE
118 MAURO LOPES PMDB MG
119 MENDONÇA PRADO DEM SE
120 MIRIQUINHO BATISTA PT PA
121 MIRO TEIXEIRA PDT RJ
122 NAZARENO FONTELES PT PI
123 NELSON BORNIER PMDB RJ
124 NELSON MARCHEZAN JUNIOR PSDB RS
125 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
126 NELSON PELLEGRINO PT BA
127 NEWTON LIMA PT SP
128 ONOFRE SANTO AGOSTINI PSD SC
129 ONYX LORENZONI DEM RS
130 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI
131 OSMAR SERRAGLIO PMDB PR
132 PADRE JOÃO PT MG
133 PADRE TON PT RO
134 PASTOR MARCO FELICIANO PSC SP
135 PAUDERNEY AVELINO DEM AM
136 PAULO FEIJÓ PR RJ
137 PAULO FOLETTO PSB ES
138 PAULO FREIRE PR SP
139 PAULO PIMENTA PT RS
140 PAULO RUBEM SANTIAGO PDT PE
141 PAULO WAGNER PV RN
142 PEDRO UCZAI PT SC
143 PEPE VARGAS PT RS
144 PERPÉTUA ALMEIDA PCdoB AC
145 POLICARPO PT DF
146 PROFESSOR SETIMO PMDB MA
147 RAIMUNDÃO PMDB CE
148 REBECCA GARCIA PP AM
149 REGINALDO LOPES PT MG
150 REGUFFE PDT DF
151 RENAN FILHO PMDB AL
152 RICARDO BERZOINI PT SP
153 RICARDO IZAR PSD SP
154 ROGÉRIO CARVALHO PT SE
155 ROMÁRIO PSB RJ
156 RONALDO FONSECA PR DF
157 RONALDO ZULKE PT RS
158 RUBENS BUENO PPS PR
159 RUBENS OTONI PT GO
160 SANDES JÚNIOR PP GO
161 SANDRO ALEX PPS PR
162 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP
163 SEVERINO NINHO PSB PE
164 SIBÁ MACHADO PT AC
165 SILVIO COSTA PTB PE
166 SUELI VIDIGAL PDT ES
167 TAUMATURGO LIMA PT AC
168 TIRIRICA PR SP
169 VALDEMAR COSTA NETO PR SP
170 VALMIR ASSUNÇÃO PT BA
171 VANDER LOUBET PT MS
172 VANDERLEI SIRAQUE PT SP
173 VICENTE CANDIDO PT SP
174 VICENTINHO PT SP
175 VIEIRA DA CUNHA PDT RS
176 WALDENOR PEREIRA PT BA
177 WALTER TOSTA PSD MG
178 WASHINGTON REIS PMDB RJ
179 WELITON PRADO PT MG
180 WELLINGTON FAGUNDES PR MT
181 WEVERTON ROCHA PDT MA
182 WILSON FILHO PMDB PB
183 WOLNEY QUEIROZ PDT PE
184 ZÉ GERALDO PT PA
185 ZOINHO PR RJ

quarta-feira 21 2011

Eleições - O horário eleitoral é gratuito mesmo?

por Fernanda Salla


Não, não é. Os partidos políticos não pagam nada pelo espaço cedido pelos meios de comunicação, mas não pense que as emissoras arcam com todo o prejuízo. "De acordo com a lei, 80% do valor que a empresa iria receber, caso o espaço publicitário fosse vendido, pode ser deduzido do Imposto de Renda dela", explica Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

É como se o governo pagasse boa parte dessas despesas. "Os 20% restantes seriam uma contribuição das emissoras para a democracia. Como são concessões do governo, as emissoras têm obrigações perante o poder público", diz Alexandre Rollo, advogado especialista em direito eleitoral.

PATROCÍNIO INVOLUNTÁRIO

Saiba de onde vem o dinheiro que paga o horário eleitoral

CIDADÃO

De tudo o que você compra, vende ou recebe, uma parte do dinheiro vai para a Receita Federal em forma de imposto. Esse dinheiro passa a fazer parte dos cofres públicos, ou seja, é a grana que o governo usa para administrar o país - para investir na saúde ou na educação, por exemplo.

O cidadão também pode ajudar o seu político favorito, doando diretamente ao candidato ou fazendo um depósito para o comitê do partido.

EMISSORA

Elas cedem uma hora e quarenta minutos aos partidos políticos, além das inserções no meio da programação. O tempo que cada um tem no ar depende do tamanho das coligações, e a ordem de exibição de suas propagandas é definida por sorteio.

RECEITA FEDERAL

Em época de eleição, as emissoras podem pedir isenção fiscal pelo espaço cedido ao horário eleitoral. Neste ano, a Receita Federal estima que 851 milhões de reais deixarão de ser pagos pelos meios de comunicação. E, para cobrir os gastos, o dinheiro público entra em cena.

HORÁRIO ELEITORAL

Sua novela foi substituída pelos galãs da política nacional. E, se você odeia propaganda eleitoral, melhor começar a prestigiar o que está financiando. Afinal, é o seu dinheiro que vai ajudar os partidos a produzir os programas e a pagar pelo espaço de exibição.

FUNDO PARTIDÁRIO

Os partidos também recebem assistência do Fundo Partidário, que usa a grana dos cofres públicos. É como se cada eleitor contribuísse com 35 centavos. Segundo o TSE, a doação deste ano será de cerca de 160 milhões de reais. O valor será dividido de acordo com o tamanho de cada partido.
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FONTES www.tse.gov.br, www.tre.sp.gov.br, www.receita.fazenda.gov.br, Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo; Eliana Passarelli, assessora do TRE de São Paulo; Rodolfo Machado Moura, diretor de assuntos legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert)

terça-feira 20 2011

A Privataria Tucana sob ataque, mas enquanto isso, vende, vende, vende...


Merval ataca livro na CBN. E “Privataria” vende, vende…

Acabo de ouvir o “debate” entre o imortal Merval Pereira e o âncora Carlos Alberto Sardemberg sobre o livro de Amaury Ribeiro Júnior na rádio CBN.

“A privataria tucana” é desqualificado como livro e seu autor acusado de ter sido um violador de sigilos fiscais dos parentes de José Serra, embora não haja ali um dado fiscal relativo a eles e todos os documentos sejam da CPI do Banestado, da Junta Comercial de São Paulo e de cartórios.

A argumentação sobre o livro é, basicamente, a seguinte:

1- Amauri não prova a ligação das boladas transferidas do exterior com a privatização das empresas públicas feitas no Governo FHC;

2- Não é crime ter empresas em paraísos fiscais, porque grandes empresas, como a Petrobras – que teria uma empresa na Holanda -  as possuiriam também, para agilizar seus negócios e

3-As privativações já teriam recebido um atestado de honestidade pelo TCU, pela Justiça e pelas CPIs que as investigaram.

Ah, e um argumento pleno de “mérito”: as denúncias não seriam novas e Amaury é um homem processado por violação de sigilo.

Bem, de fato, não são novas. Porque faz anos que todos sabem, a começar pela grande imprensa, que as privatizações estiveram eivadas de pressões e negociações obscuras, “no limite da responsabilidade” como disse um de seus personagens.

O que o livro de Amaury Ribeiro faz de novo é provar, através de documentos, que existem situações inexplicáveis envolvendo seus personagens – e é bom lembrar que é o próprio FHC quem disse que ninguém fez mais pressão para privatizar a Vale e a Light que José Serra.

De fato, o livro não traz uma fotografia de alguém pegando um maço de dinheiro como nos panetones de Arruda. Até porque o montante dos negócios da privatização não era de milhões, mas de bilhões e não envolvia pequenos fornecedores, mas gigantes internacionais. Mas mostra o mecanismo usado para transferir recursos entre os beneficiários da venda das empresas e os supostos facilitadores do negócio.

Quanto a ter uma empresa em paraísos fiscais, é claro que muitos podem ter, seja uma empresa que faz negócios internacionais sejam aqueles que, por outras razões, as desejem ter, como fez o sr. Paulo Maluf nas Ilhas Jersey. Seria o caso de saber se Sardemberg e Mercal seriam tão compreensivos se, por exemplo, a filha da então candidata Dilma tivesse uma delas, nas Ilhas Virgens.

Mas é intrigante e todos gostariam se saber destes atestados de honestidade e, sobretudo, das CPIs que investigaram as privatizações federais. Devo ter deixado de ler os jornais. Ao contrário, só soube que a CPI do Setor Elétrico foi enterrada por um acordão entre o PT, o DEM, o PSDB e o PMDB, além de pequenos partidos. A CPI da Vale, solicitada pelo Deputado Brizola Neto, não alcançou número para ser instalada e a da Telefonia…alguém viu?

Quanto ao fato de Amaury estar sendo processado por uma quebra de sigilo que ele nega e da qual não resultou exposto nenhum documento protegido por este segredo legal isso, no máximo, o igualaria à filha de José Serra, que também responde por quebra de sigilo – este, bancário – não de algumas ,mas de 60 milhões de pessoas e que, com provas categóricas, como a reportagem da Folha mostrada aqui, expuseram o que não tinham direito legal de expor.

Mas, como é fácil compreender, Merval e Sardemberg não tem limites quando se trata de defender as privatizações e José Serra. Não se ia esperar mesmo deles uma análise ponderada dos fatos. Mas, sim, uma visível “tabelinha” para desmoralizar o livro.

O problema é que, justamente por isso, “A Privataria Tucana” não pára de vender, mais e mais. Recebo uma informação da Geração Editorial de que já não são mais 100 mil, mas 120 mil os exemplares da tiragem até agora mandada rodar.

Repercussão que já cruzou o Atlântico e bateu lá no jornal português Ionline, cuja matéria ilustra o post e pode ser lida, em pdf, aqui.

Cultura - Qual a origem da expressão "pagar mico"?

por Kleyson Barbosa

Pagar Mico

Ela vem do baralho infantil Jogo do Mico, fabricado no Brasil desde a década de 1950. No jogo, as cartas têm figuras de animais e o jogador tem que formar pares com o macho e a fêmea de cada espécie. Mas, no baralho, o mico não tem par. Quem termina com a carta na mão perde - ou seja, paga o mico. Mas cuidado para não levar gato por lebre e confundir mico com pato. 

Pagar o pato

O "pagar o pato" vem da obra Facetiae, do italiano Giovanni Bracciolini, de 1450. O texto fala de um camponês que vendia patos. Uma mulher queria negociar o preço da ave com encontros entre ela e o vendedor. Mas eles foram surpreendidos pelo marido, que, sem saber dos acordos, pagou - literalmente - o pato.

segunda-feira 19 2011

A censura tucana no PIG, façam o que eu digo mas não façam o que eu faço

Do Blog Tijolaço

Apertem os cintos: o livro sumiu!

"Privataria", em dois dias, sumiu da lista dos mais vendidos na Folha.

Os leitores viram, o Tijolaço reproduziu no dia 12, o Nassif no dia 15, quinta feira: “A privataria tucana” era o primeiro na lista dos livros mais vendidos na Livraria da Folha e ambos reproduzimos a imagem.

Porque, oh, que surpresa,  o livro desapareceu! Das prateleiras, onde é difícil encontrar um que seja para levar na hora?

Não, não, da lista dos mais vendidos, onde era o primeiro, na quinta-feira.

Não caiu para segundo, não caiu para terceiro: apenas sumiu. Entrou na lista o livro do FHC!

Em outras livrarias, como a FNAC, o livro, “devido ao grande sucesso”, só está sendo vendido por reserva.

...embora continue "bombando" na FNAC: só vendem por encomenda.

A coisa na Folha é tão feia que nem mesmo nas duas  subpáginas “Literatura e biografias > Gêneros literários > Livro-reportagem” , o livro de Amaury Ribeiro Jr. está listado, e é essa a classificação que tem, porque na busca por título você ainda o encontra no site.

Pelo visto, por enquanto.

Depois da “ditabranda”, é o primeiro caso de “Index Librorium Prohibitorium”. Vejam a matéria no Tijolaço...

domingo 18 2011

Média de homicídios no Brasil é superior à de guerras, diz estudo.

Da BBC Brasil em São Paulo

Número médio anual de mortes violentas no Brasil supera o de conflitos internacionais.

Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, apontam cálculos do "Mapa da Violência 2012", produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.

O estudo também conclui que, apesar da redução das mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice epidêmico de homicídios - 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido sobretudo no interior do país e em locais antes considerados "seguros".

Calculando a média anual de homicídios do país em 30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de 36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.

A média também é superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003 (a partir de números dos sites iCasualties.org e Iraq Body Count, que calculam as mortes civis e militares do conflito).

"O número de homicídios no Brasil é tão grande que fica fácil banalizá-lo", disse Waisefisz à BBC Brasil.

"Segundo essas mesmas estatísticas (feitas a partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde), ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por dia", diz o estudo, em referência à morte de 111 presos no centro de detenção do Carandiru (SP), em 1992.

Violência nos Estados

Por um lado, o "Mapa da Violência" vê motivos para otimismo: o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu conter a espiral de violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro (onde, entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente 63,2%, 20,2% e 42,9%).

Por outro lado, o estudo aponta que "nossas taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las cair".

"Estados que durante anos foram relativamente tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de violência", diz a pesquisa. Cidades menores como Marabá (PA) passaram a liderar taxa de homicídios por 100 mil habitantes.

É o caso, por exemplo, de Alagoas, que, com 66,8 homicídios por 100 mil habitantes em 2010, se tornou o Estado com o maior número de mortes violentas (era o 11º em 2000).

O Pará, que era o 21º Estado com mais mortes violentas em 2000, subiu para a terceira posição em 2010, com uma taxa de 45,9 homicídios por 100 mil habitantes.

Vários fatores podem explicar essa migração, diz o estudo: o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas de menor risco; melhoras no sistema de captação de dados de mortalidade, fazendo com que mortes antes ignoradas no interior pudessem ser contabilizadas; e o fato de algumas partes do país terem se tornado polos atrativos de investimento sem que tivessem recebido, ao mesmo tempo, investimentos em segurança pública.

Além disso, muitas regiões mais afastadas dos grandes centros também são locais de conflitos agrários ou ambientais, zonas de fronteira ou rotas do tráfico - fatores que tendem a estimular a violência.

Interior mais violento

É nesse cenário que a violência brasileira tem se descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior, aponta Waisefisz.
No estudo, ele detectou "a reversão do processo de concentração da violência homicida, que vinha acontecendo no país desde 1980".

Homicídios no Brasil

Em 2010, o país registrou 49,9 mil mortes violentas. No total de 30 anos (1980-2010), esse número chegou a 1,09 milhão

Taxa de homicídios:

Em 2010: 26,2 por 100 mil habitantes, número considerado epidêmico por padrões internacionais

Em 2009: 27 por 100 mil habitantes

Estados com mais homicídios por 100 mil habitantes:
Alagoas, Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá

Estados onde cresceram os homicídios entre 2000 e 2010:
Pará (332%), Bahia (332,4%), Maranhão (329%), entre outros

Estados onde caiu a incidência de homicídios entre 2000 e 2010:
São Paulo (-63,2%), Rio de Janeiro (-42,9%), Pernambuco (-20,2%), entre outros


Cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2010:
Simões Filho (BA) - 146,4
Campina Grande do Sul (PR) - 130
Marabá (PA) - 120,5

Fonte: Mapa da Violência 2012

"A disseminação e a interiorização tiveram como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas país."

Assim, cidades pequenas como Simões Filho (BA), com 116 mil habitantes, Campina Grande do Sul (PR), com 37,7 mil habitantes, e Marabá (PA), com 216 mil, passaram a liderar, nesta ordem, o ranking de municípios com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes.

Taxas gerais

Em geral, o Brasil viu suas taxas de homicídio crescerem quase constantemente entre 1980 e 2003, quando chegou a 28,9 mortes por 100 mil habitantes. A partir desse ano, os índices se reduziram e, com algumas oscilações, se estabilizaram.

Nesses 30 anos, a população também cresceu, embora de forma menos intensa, aponta o "Mapa da Violência". "Passou de 119 milhões para 190,7 milhões de habitantes, crescimento de 60,3%.

Considerando a população, passamos de 11,7 homicídios em 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010. Um aumento real de 124% no período."

Também preocupa o fato de a violência ainda incidir de forma muito mais intensa entre a população negra. Segundo o estudo, em 2010 morreram, proporcionalmente, 139% mais negros do que brancos no país.

sábado 17 2011

Apesar do silêncio do PIG, o livro A Privataria é um sucesso e coloca em cheque a "reserva moral" do país

Do Blog Tijolaço





 Mino: ai de quem mexe na “reserva moral” do País


O imperdível artigo de Mino Carta, na edição desta semana de Carta Capital:

Pergunto aos meus intrigados botões por que a mídia nativa praticamente ignorou as denúncias do livro de Amaury Ribeiro Jr., A Privataria Tucana, divulgadas na reportagem de capa da edição passada de CartaCapital em primeira mão. Pergunto também se o mesmo se daria em países democráticos e civilizados em circunstâncias análogas.

Como se fosse possível, digamos, que episódios da recente história dos Estados Unidos, como os casos Watergate ou Pentagon Papers, uma vez trazidos à tona por um órgão de imprensa, não fossem repercutidos pelos demais. Lacônicos os botões respondem: aqui, no Brazil-zil-zil, a aposta se dá na ignorância, na parvoíce, na credulidade da plateia.

Ou, por outra: a mídia nativa empenha-se até o ridículo pela felicidade da minoria, e com isso não hesita em lançar uma sombra de primarismo troglodita, de primeva indigência mental, sobre a nação em peso. Não sei até que ponto os barões midiáticos e seus sabujos percebem as mudanças pelas quais o País passa, ou se fingem não perceber, na esperança até ontem certeza de que nada acontece se não for noticiado por seus jornalões, revistonas, canais de tevê, ondas radiofônicas.

Mudanças, contudo, se dão, e estão longe de serem superficiais. Para ficar neste específico episódio gerado pelo Escândalo Serra, o novo rumo, e nem tão novo, se exprime nas reações dos blogueiros mais respeitáveis e de milhões de navegantes da internet, na venda extraordinária de um livro que já é best seller e na demanda de milhares de leitores a pressionarem as livrarias onde a obra esgotou. A editora cuida febrilmente da reimpressão. Este é um fato, e se houver um Vale de Josaphat para o jornalismo (?) brasileiro barões e sabujos terão de explicar também por que não o registraram, até para contestá-lo.

Quero ir um pouco além da resposta dos botões, e de pronto tropeço em -duas razões para o costumeiro silêncio ensurdecedor da mídia nativa. A primeira é tradição desse pseudojornalismo arcaico: não se repercutem informações publicadas pela concorrência mesmo que se trate do assassínio do arquiduque, príncipe herdeiro. Tanto mais quando saem nas páginas impressas por quem não fala a língua dos vetustos donos do poder e até ousa remar contracorrente. A segunda razão é o próprio José Serra e o tucanato em peso. Ali, ai de quem mexe, é a reserva moral do País.

Estranho percurso o do ex-governador e candidato derrotado duas vezes em eleições presidenciais, assim como é o de outra ave misteriosa, Fernando Henrique Cardoso, representativos um e outro de um típico esquerdismo à moda. Impávidos, descambaram para a pior direita, esta também à moda, ou seja, talhada sob medida -para um país- que não passou pela Revolução Francesa. Donde, de alguns pontos de -vista, atado à Idade Média. O movimento de leste para oeste é oportunista, cevado na falta de crença.

Não cabe mais o pasmo, Serra e FHC tornaram-se heróis do reacionarismo verde-amarelo, São Paulo na vanguarda. Estive recentemente em Salvador para participar de um evento ao qual compareceram Jaques Wagner, Eduardo Campos e Cid Gomes, governadores em um Nordeste hoje em nítido progresso. Enxergo-o como o ex-fundão redimido por uma leva crescente de cidadãos cada vez mais conscientes das -suas possibilidades e do acerto de suas escolhas eleitorais. Disse eu por lá que São Paulo é o estado mais reacionário da Federação, choveram sobre mim os insultos de inúmeros navegantes paulistas.

Haverá motivos para definir mais claramente o conservadorismo retrógado de marca paulista? E de onde saem Folha e Estadão, e Veja e IstoÉ, fontes do besteirol burguesote, sempre inclinados à omissão da verdade factual, embora tão dedicados à defesa do que chamam de liberdade de imprensa? Quanto às Organizações Globo e seus órgãos de comunicação, apresso-me a lhes conferir a cidadania honorária de São Paulo, totalmente merecida.