Para especialista, há descompasso ético entre sociedade e seus representantes
Cláudio Gonçalves Couto, cientista político e professor da FGV
Não causam surpresa a ninguém as frequentes situações pouco honrosas em que se veem metidos nossos políticos. Também não surpreende que nada de concreto ocorra após a eclosão de escândalos que de início pareceriam ensejar para os transgressores medidas punitivas e para as instituições medidas corretivas. Ainda que ninguém se surpreenda, tendo em vista a reiteração das práticas, de modo a configurar um padrão, a maioria se indigna.
A indignação de alguns com o que é costumeiro para outros decorre de que os padrões éticos de políticos e do cidadão comum não são os mesmos. Enquanto os cidadãos esperam que os responsáveis pela coisa pública orientem-se por uma ética republicana, os políticos profissionais orientam-se por uma ética corporativa que determina a proteção dos companheiros que porventura tenham transgredido as normas de decência válidas para a sociedade como um todo.
Tal descompasso ético não é exclusivo da relação entre os políticos profissionais e o resto da sociedade; ela existe para várias coletividades cujos interesses específicos colidem com os do resto da sociedade. A perversa peculiaridade deste caso é que os políticos são representantes formais da sociedade, de modo que ao agirem contrariamente aos interesses dela atuam de forma ilegítima, violando a confiança que lhes foi depositada e convertendo-se em oligarcas.
Tal situação é trágica por duas razões relacionadas. Uma, porque partidos adversários não competem entre si quando os interesses comuns da corporação se veem ameaçados, retirando do eleitor a possibilidade de punir e premiar os comportamentos - a oligarquia atua como cartel. Outra, porque não há como prescindir de políticos profissionais numa sociedade complexa; são ingênuas e perigosas as iniciativas voltadas à desprofissionalização da política. Afinal, porque o que é desejável em todos os ramos de atividade seria dispensável unicamente na gestão da coisa pública?
O cidadão comum que tenha a pretenção de começar a entender os políticos brasileiros, tem em primeiro lugar que esquecer tudo o que aprendeu sobre caráter, dignidade, moral, amor a Deus e ao próximo.
ResponderExcluirNão entendo como uma pessoa pode ser tão dxxxxxxx como este tal de Vereador Titonho. Na semana passada pediu e assinou a CPI contra o prefeito e nesta semana foi nomeado Lider do prefeito na câmara! Quem é mais xxxxxxx xxxxxxx: o prefeito ou o vereador Titonho. Quanto custou aos cofres da prefeitura para ele mudar de opinião, mais uma vez, tão rapidamente?
ResponderExcluirCuidado Sancler, o vereador Titonho anda dizendo que vai ser o vice do Cláudio Furman, que ele também já traiu, mas como não tem xxxxxxx, xxxxxxx, xxxxxx, amor a Deus e ao próximo, deve voltar para os braços do ex. Já está até marcando um jantar festivo para o Cláudio quando ele vier em Tucuruí.
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Opinião do Folha - Que ingenuidade, é claro que ele assinou a CPI combinado com o prefeito, e por isso assumiu como líder do governo.
Ninguém conhece mais sobre traição do que o Sancler, perto dele Titonho é piabinha, e quem tem que tomar cuidado é ele, e não o prefeito. Já passou pela sua cabeça que o Titonho está se aproximando (se estiver) de novo do Cláudio, combinado com o Sancler?