Ilustração do Folha |
O ministro Gilmar Mendes, do STF, levou um ano, seis meses e cinco horas – estas, computadas ontem, quarta-feira – para dizer, a respeito do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, o que todo mundo já sabia que ele diria.
Depois pedem agilidade à Justiça.
Ao proferir, enfim, o seu demoradíssimo voto, o ministro Gilmar pendurou na sua imponente beiçola – expressão facial de um tédio eterno, de um deboche inaceitável – um violento discurso no qual, entre outras pérolas retóricas, acusou a Ordem dos Advogados do Brasil de ser o braço jurídico do PT.
Como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinou embaixo da causa – que contesta a ideia de que o financiamento empresarial cabe na Constituição – é bem provável que o ilustre magistrado venha a incorporar o episcopado nacional na cota dos terroristas bolivarianos, ainda mais agora que o Papa Francisco pretende se jogar nos braços dos sinistros irmãos Castro, de Cuba.
O ministro Gilmar é, ele sim, uma piada de mau gosto. Um provocador a serviço de uma agenda político-partidária tosca, muito óbvia, que no entanto tem um incompreensível apoio da mídia oligarca.
O problema é que Mendes pertence ao mais alto foro da Justiça brasileiro. Teria, a princípio, de agir com isenção e imparcialidade.
Dizem que a Justiça é cega. Aí você vê o ministro Gilmar Mendes – aquele que mandou soltar o Daniel Danta$ e o doutor Roger Abdelma$ish – e percebe que, na verdade, a Justiça no Brasil não é cega, é caolha. E muito gulo$a.
Autor Nirlando Beirão - Notícias R7
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