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segunda-feira 07 2010

Caso Duciomar: articulações começaram em março passado

Do Blog Espaço Aberto


O advogado Luiz Neto não ingressará no TRE como juiz efetivo, titular.

Entrará como primeiro suplente.

Ele integrou uma lista tríplice, juntamente com outros dois advogados, Iranélio Rocha e Hércules Rocha, que não têm qualquer vínculo de parentesco, muito embora tenham Rocha como um dos sobrenomes.

Os três foram submetidos à apreciação do presidente Lula, que escolheu Luiz Neto.

Como o mandato do juiz André Bassalo já expirou, Luiz Neto assumirá logo no seu lugar.

Mas Bassalo, ao que se informa, entrará numa lista de recondução.

Se vier a ser conduzido, Neto pula fora do TRE, continuando apenas como primeiro suplente.

Pois é.

Mas o certo é que a escolha de Luiz Neto não foi assim, digamos, tão à toa.

Foi articulada pessoalmente por Sua Excelência o prefeito Duciomar Costa.

As articulações começaram a ser feitas em Belém, em março passado, quando esteve por aqui o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (na foto).

Padilha chegou por aqui e, entre um contato político e outro - sobretudo com peemedebistas àquela altura já bastante avessos a uma aliança com Ana Júlia -, eis que se encontra com Duciomar.

O prefeito pediu-lhe para dar uma força lá por cima, lá pelo Planalto.

A forcinha seria para Luiz Neto ser o escolhido pelo presidente Lula.

O blog apurou que dois ou três emissários petistas, de altíssima catiguria, de altíssimo calibre, de altíssimo coturno, teriam feito gestões junto ao Planalto para que o pedido de Duciomar não fosse atendido.

Mas não conseguiram, não.

O presidente acabou atendendo a um pedido que proviera de personagem que integra partido integrante da base aliada do governo.

No caso, o PTB.

O PTB de Duciomar Costa.

Duciomar, o prefeito que está na iminência de ter sua cassação confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará.

É assim.

As coisas funcionaram exatamente assim.

No Pará e além-fronteiras.

Ou além-divisas, se quiserem.

Mas é assim.

Putz! 
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Nota do Folha: Publicamos esta matéria para que a população entenda a influência do executivo no Poder Judiciário. Na democracia plena os poderes são harmônicos mas independentes. 

No Brasil na verdade temos uma "Ditadura Branca", em que a influência do executivo nos outros poderes é excessiva. 

Infelizmente é isso aí, não vemos outro caminho para a democracia no Brasil do que o controle popular. 

O povo tem que tomar as rédeas do seu destino, tem que ser o ator principal em todos os momentos e não apenas no dia das eleições.

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