O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral entregou ontem ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), mais 100 mil assinaturas em defesa do projeto de iniciativa popular da Ficha Limpa, que torna inelegíveis pessoas que respondem a processos judiciais. Entregue em setembro deste ano ao Congresso junto com mais de 1,3 milhão de assinaturas necessárias, a proposta até hoje não foi colocada em votação.
“O presidente Michel Temer se comprometeu a fazer todo o esforço para colocar em pauta ainda este ano”, afirmou dom Dimas Lara Barbosa, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante um seminário, hoje, sobre a proposta. “Ele nos disse que a reprovação do projeto seria um desastre para o Congresso e o estava reservando para um momento em que houvesse chances reais de aprovação”.
No entanto, a audiência do seminário mostra o interesse que a proposta desperta entre os parlamentares. Chamado para reunir políticos e jornalistas e esclarecer o projeto, o encontro reuniu pouco mais de 20 pessoas - a maioria repórteres. Apareceram por lá três deputados: Humberto Souto (PPS-MG), que saiu antes de começar, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que chegou atrasado e saiu depois de 20 minutos, e Chico Alencar (PSOL-RJ), que ficou mais tempo.
A proposta prevê que não poderão concorrer pessoas condenadas em primeira instância, ou com denúncia recebida por um tribunal, por crimes de racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas. Também são excluídos da disputa os já condenados por compra de votos ou uso da máquina.
FICHA SUJA
O prefeito de Mairinque, Dennys Veneri (PTB-SP), foi acusado de ameaçar com uma arma e agredir com um pontapé no rosto um munícipe que foi à sua casa reclamar da falta de infraestrutura no bairro onde mora. O prefeito culpou o atraso nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal pelo desentendimento. Ele alegou que também foi agredido pelo morador. (DF/AE
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