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sábado 26 2011

Censura nunca mais

Do Blog do Parsifal

Juiz revoga parcialmente decisão sobre Lúcio Flávio

minas

Às 18 horas de ontem, Lúcio Flávio Pinto deu ciência em despacho do juiz Antonio Campelo, que revogou parcialmente a decisão anterior de cominar pena de prisão e multa ao jornalista, caso reincidisse em publicar noticias sobre um processo “no qual dois dos proprietários do grupo Liberal, Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, além de mais dois diretores da empresa, João Pojucam de Moraes e Fernando Nascimento, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crime contra o sistema financeiro nacional.”. 

Segundo informe do próprio jornalista, o juiz Campelo restringiu o sigilo “tão-somente quanto aos documentos bancários e fiscais constantes dos autos”. 

Sem dúvida foi uma decisão sensata do juiz reconsiderar o seu despacho. Resta a curiosidade de saber o que o fez prolatar a decisão anterior. 

A OAB, pelas circunstâncias, quedou-se inerte diante do acontecimento: preferiu ceder as suas próprias conveniências, demonstrando que na Ordem há pesos diversas para iguais medidas. 

À Disraeli, que disse serem “as circunstâncias produtos dos homens”, a OAB fica com Ortega Y Gasset, que vaticinou que “o homem é produto das circunstâncias”.  
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Opinião do Folha - Realmente resta a curiosidade de saber o que o fez  (o Juíz) prolatar a decisão anterior, embora não seja difícil de imaginar, já que a decisão anterior beneficiava um ilustre representante do poderoso PIG paraense.

Volta e meia o poder judiciário tem um surto autoritário e algum juiz saudosista da ditadura militar, rasga a Constituição Federal e ressuscita a maldita censura à imprensa e ao cidadão. Felizmente nestas horas toda a Imprensa se une em defesa da democracia e da liberdade de expressão.

O segredo de justiça pertence à justiça, se a justiça não consegue guardar os seus segredos, por que a imprensa que tem o dever de publicar o que é de interesse público o faria? Ainda mais que no caso em questão se trata de desvios de dinheiro público.

Felizmente, para alívio e redenção do poder Judiciário, também existem muitos Juizes (com J maiúsculo) como o Juiz Fausto Martin De Sanctis (que mandou prender o Daniel Dantas), que honram a toga, a instituição e o nobre cargo que exercem.

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