Do Blog do Parsifal
Juiz revoga parcialmente decisão sobre Lúcio Flávio
Às 18 horas de ontem, Lúcio Flávio Pinto deu ciência em despacho do juiz Antonio Campelo, que revogou parcialmente a decisão anterior de cominar pena de prisão e multa ao jornalista, caso reincidisse em publicar noticias sobre um processo “no qual dois dos proprietários do grupo Liberal, Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, além de mais dois diretores da empresa, João Pojucam de Moraes e Fernando Nascimento, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crime contra o sistema financeiro nacional.”.
Segundo informe do próprio jornalista, o juiz Campelo restringiu o sigilo “tão-somente quanto aos documentos bancários e fiscais constantes dos autos”.
Sem dúvida foi uma decisão sensata do juiz reconsiderar o seu despacho. Resta a curiosidade de saber o que o fez prolatar a decisão anterior.
A OAB, pelas circunstâncias, quedou-se inerte diante do acontecimento: preferiu ceder as suas próprias conveniências, demonstrando que na Ordem há pesos diversas para iguais medidas.
À Disraeli, que disse serem “as circunstâncias produtos dos homens”, a OAB fica com Ortega Y Gasset, que vaticinou que “o homem é produto das circunstâncias”.
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Opinião do Folha - Realmente resta a curiosidade de saber o que o fez (o Juíz) prolatar a decisão anterior, embora não seja difícil de imaginar, já que a decisão anterior beneficiava um ilustre representante do poderoso PIG paraense.
Volta e meia o poder judiciário tem um surto autoritário e algum juiz saudosista da ditadura militar, rasga a Constituição Federal e ressuscita a maldita censura à imprensa e ao cidadão. Felizmente nestas horas toda a Imprensa se une em defesa da democracia e da liberdade de expressão.
O segredo de justiça pertence à justiça, se a justiça não consegue guardar os seus segredos, por que a imprensa que tem o dever de publicar o que é de interesse público o faria? Ainda mais que no caso em questão se trata de desvios de dinheiro público.
Felizmente, para alívio e redenção do poder Judiciário, também existem muitos Juizes (com J maiúsculo) como o Juiz Fausto Martin De Sanctis (que mandou prender o Daniel Dantas), que honram a toga, a instituição e o nobre cargo que exercem.
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