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quinta-feira 24 2011

EUA estão interessados no petróleo brasileiro, diz Patriota


Em Washington para acertar detalhes da visita de Obama ao Brasil, chanceler brasileiro se reuniu com secretário do Tesouro

iG São Paulo

Os Estados Unidos estão interessados em comprar petróleo brasileiro a longo prazo, declarou nesta quinta-feira o chanceler brasileiro, Antônio Patriota, em Washington, após uma conversa com o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, e altos dirigentes americanos.

Secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner (E), esteve com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota (D), em Washington

"Há interesse americano no potencial energético brasileiro. Foi mencionado que o Brasil poderia se converter em um dos importantes exportadores de petróleo no futuro", eclarou Patriota sobre a exploração das jazidas em águas profundas na camada do pré-sal. “Temos, em troca, interesse no intercâmbio de cientistas e em uma discussão avançada sobre biocombustíveis, inclusive na área de aviação", acrescentou.

Nos Estados Unidos para acertar detalhes da visita do presidente americano, Barack Obama, ao Brasil – nos dias 19 e 20 de março, o chanceler brasileiro e diplomatas brasileiros em Washington mantiveram reuniões com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, com Geithner e Michael Froman, um dos conselheiros econômicos de Obama.

Dentre os principais temas que devem ser abordados na visita de Obama a Brasília e ao Rio de Janeiro estão a questão energética, a cooperação no G-20, o setor brasileiro de obras públicas e o intercâmbio educativo. Segundo o chanceler, a presidenta Dilma Rousseff tem interesse especial no intercâmbio de cientistas, assim como promover parcerias na área de educação.

Patriota confirmou também que Obama está interessado em visitar uma favela durante sua estada Rio, assim como as sedes de eventos esportivos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Caças

Os EUA, segundo o chanceler, continuam interessados em vender caças ao Brasil, embora o governo brasileiro tenha adiado a operação. A compra envolveria um total de 36 aviões e entre US$ 4 bilhões e US$ 7 bilhões.

"Eu abordei o interesse brasileiro em vender aviões Tucano à Força Aérea dos Estados Unidos. É uma manifestação de interesses simétricos", declarou o chanceler brasileiro. Os Super Tucano são produzidos pela Embraer, que acaba de inaugurar em Melbourne, na Flórida, um fábrica de montagem final.

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