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terça-feira 05 2010

Demissões para inglês (leia-se MPE) ver.


Na entrevista de hoje no programa Tucuruí Agora, o atual presidente da ASSERT disse que foi alertado por funcionários da PMT para que a ASSERT aguarde até o dia 12 de janeiro para ver quem fica e quem sai realmente dos contratados “demitidos”.

Já havíamos avisado que isso já aconteceu antes, quando o ex-prefeito Cláudio Furman estava respondendo ao Ministério Público do Trabalho por contratações ilegais. Ele simplesmente montou uma farsa para "driblar" o MPT, fez o decreto, mas só saiu quem ele quis os outros foram recontratados (os que tinham padrinho forte é claro). Os prefeitos aproveitam chances como esta para se livrarem de quem eles querem sem problemas e jogar a culpa no Ministério Público. Mas é só prestar atenção em quem vai ficar para perceber a farça.

Vamos analisar este decreto de ontem:

1 - O decreto rescindiu os contratos, mas a PMT informou à ASSERT que haverá uma espécie de "seleção" para ver quem vai continuar. Ora, todos sabem como funciona a tal "seleção",  se alguem pensa que o critério será o interesse público se engana redondamente, fica quem tem padrinho forte e é amigo do prefeito, dos deputados e dos vereadores da base, ou dos financiadores de campanha (da passada e da próxima).

2 - A data para a tal "seleção" (ou peneira como disseram a alguns) é o dia 12 de janeiro, que por "coincidência" é o dia do julgamento do prefeito no processo de cassação no TRE, ou seja, se ele não for cassado vai continuar a passar por cima da lei e do MPE como um trator, igualzinho seus antecessores fizeram e como ele mesmo tem feito.

3 - Está no TAC que o prefeito deve exonerar os assessores  e cargos de confiança cuja nomeação caracteriza nepotismo, alguém sabe de algum que foi demitido?

4 - Estão avisando a todos os contratados que a demissão é temporária, e muitos estão sendo aconselhados a permanecer em seus cargos mesmo com o decreto.

Que a Administração Municipal está fazendo, ou tentando fazer todos de bobos, isso é evidente, o que não sabemos ainda é qual vai ser a reação do MPE, se é que haverá alguma.

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