Analfabeto funcional é a denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas.
Também é definido como analfabeto funcional o individuo maior de quinze anos e que possui escolaridade inferior a quatro anos, embora essa definição não seja muito precisa, já que existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade.
Existem três níveis distintos de alfabetização funcional, a saber:
Nível 1, também conhecido como alfabetização rudimentar, compreende aqueles que apenas conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas; e apesar de saber contar, têm dificuldades com a compreensão de números grandes e em fazer as operações aritméticas básicas.
Nível 2, também conhecido como alfabetização básica, compreende aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só conseguem extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também conseguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sentem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos, ou em operações matemáticas mais complexas.
Nível 3, também conhecido como alfabetização plena, compreende aqueles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas).
Segundo dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional.
Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino público, à falta de infra-estrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exemplo.
Como podemos ver, o analfabetismo funcional não depende de escolaridade, já que muitas pessoas com nível superior têm dificuldade de interpretar texto.
O Folha que tem como objetivo combater o analfabetismo político, tem como principal dificuldade e obstáculo o analfabetismo funcional, já que sua mensagem depende da leitura e interpretação dos textos das matérias. Algumas pessoas simplesmente não conseguem interpretar o texto das nossas matérias e dos nossos comentários. Então pegam uma palavra aqui e uma frase ali e adaptam o sentido do texto de acordo com os seus interesses ou de acordo com o seu pensamento.
Um exemplo: Quando citamos em uma matéria: "Político Paraense", muitos entenderam "Político que nasceu no Estado do Pará". Ora, mesmo que o cidadão não saiba diferenciar uma coisa tão simples como esta, se soubesse interpretar corretamente o texto, facilmente entenderia que político paraense é todo aquele que tem título de eleitor e domicilio eleitoral no Pará e exerce atividade política no Estado, independentemente do local em que nasceu.
O pior é que além de não interpretar corretamente o texto, o cidadão ainda tenta iniciar um debate e faz julgamentos com base em um entendimento equivocado. Esta situação tem se repetido com freqüência e em vários temas, principalmente nas questões que envolvem figuras no poder e quando são abordados temas políticos polêmicos e que fere interesses.
É claro que tem os "políticos" e seus puxa sacos, que mesmo entendendo o que está escrito, se fingem de analfabetos políticos para distorcer o sentido do texto de acordo com o seu interesse, mas este tipo de "gente" não nos interessa, não nos importamos com eles.
Exemplo:
É claro que tem os "políticos" e seus puxa sacos, que mesmo entendendo o que está escrito, se fingem de analfabetos políticos para distorcer o sentido do texto de acordo com o seu interesse, mas este tipo de "gente" não nos interessa, não nos importamos com eles.
Exemplo:
Vejam esta situação, isso acontece muito nos comentários. |
Mas esta situação se deve ao péssimo nível da educação no Brasil e a falta de interesse dos políticos em melhorar este quadro, afinal quanto mais analfabetismo em todos os níveis houver no Brasil, menos consciência política, menos fiscalização e mais fácil é enganar o povo.
Tira por este plebiscito, discutiram tudo e não informaram nada, a propaganda no rádio e televisão só serviu para confundir ainda mais o cidadão, se tirarmos as mentiras e o apelo emocional barato não sobra nada, esta propaganda foi um desperdício de tempo e dinheiro público. O eleitor está mais confuso e desinformado agora do que estava no início da propaganda do plebiscito.
A prova de tudo isso são os números que mostram que praticamente ninguém mudou de idéia, quem era Sim permaneceu Sim, quem era Não permaneceu Não, o Não vence na região do Pará remanescente (Belém e entorno, que tem o dobro dos eleitores das duas outras regiões somadas) e o Sim vence com larga margem em Tapajós e Carajás.
Com isso o Pará continua grande... Grande, pobre e dividido internamente; os Estados do sul e sudeste principalmente os paulistas, os verdadeiros vencedores, mantém a sua grande superioridade representativa no congresso e continuarão a dominar o "resto" do país como sempre fizeram.
A ironia disso tudo é que muitos equivocados, lutando contra moinhos de vento e com medo de serem dominados por "estrangeiros", na verdade ajudaram a manter esta mesma dominação e com um agravante: os "estrangeiros" que venceram de fato, não tem raízes e nem parentes aqui, não tem nenhum vínculo emocional para com o Pará, nem mesmo moram e nunca pisaram os pés em terras parauaras.
Vamos manter ainda por muitos anos o atraso no Pará, mas pelo menos o faremos de forma democrática, pelo voto e não pelas armas, apesar da violência empregada na campanha, mas mesmo assim não deixa de ser um grande avanço para a democracia no Brasil.
VIVE LA LIBERTÉ!
Em Tucurui o Não obteve 40% a maior votação do interior,isso sem ter a estrutura que os separatistas tinham,sabe-se que os mesmos contrataram quase todos os carros som da cidade.O povo deu a resposta,chega de projetos de desenvolvimento feitos de cima pra baixo. Viva o povo paraense! Em tempo: O correto é paroaras e não "parauaras".
ResponderExcluir----------------
Nota do Folha - Não foi 40% foi 38% do não em Tucuruí e com o apoio da máquina da prefeitura e do secretariado em peso, sendo um dos mais ativos o Secretário de Meio Ambiente.
EM TEMPO, Santa Ignorância, as duas palavras estão corretas, consulte o dicionário antes de escrever besteiras.
Para sua informação Parauara vem do tupi para’wara (de para=água, mar e wara=o que veio de, nascido de) que quer dizer: o que veio das águas, do mar (o rio-mar), à semelhança de manauara, cametauara e caeteuara, isto é: o que veio dos manaus , idem dos camutás, ibidem dos caetés (tribos indígenas da Amazônia colonial). Este é, sem ponta de dúvida, o verdadeiro gentílico étnico do brioso povo paraense e que se deveria utilizar com maior frequência, até porque sonoroso e evocativo (origem indígena, autóctone).. O parauara é, consequentemente, o habitante ou natural da parauaralândia (o Estado do Pará), como se diz por aqui no nosso "parauarês".
Prezado,
ExcluirInteressante o texto, apesar de não ficar bem claro se o objetivo da postagem foi mesmo versar sobre o analfabetismo funcional ou apenas usar a questão como gancho para criticar a condução da campanha na ocasião do recente plebiscito no Pará. Eu, como sulista com parentes em Belém, abstenho-me de comentar o plebiscito, suas motivações e desfechos, já que pouco conhecimento tenho do estado além de algumas visitas -- bastante prazeirosas, diga-se. O que não me abstenho de comentar é a cópia ipsis literis do artigo da Wikipédia sobre Anafalbetismo Funcional, que compôs a primeira metade do texto sem que sequer uma vírgula fosse acrescentada ou suprimida.
Nada tenho contra o uso de textos da enciclopédia colaborativa, tampouco critico o uso do artigo sem qualquer edição já que a licença Creative Commons sob a qual o mesmo foi lá publicado veta sua adaptação. Porém, a mesma licença prevê que seja citada a fonte de onde o texto foi copiado, sendo que não há aqui qualquer menção da sua origem e a impressão que um leitor desavisado tem é que toda a postagem é de autoria original do autor do blog.
Noto que a postura adotada pelo veículo é combativa, defendendo a moralidade nas diversas esferas da vida pública, mas creio que essa postura não se compatibiliza com o plágio praticado nessa postagem. Imagino que seria de bom tom, visando garantir uma consciência limpa e a lisura perante os leitores, que fosse acrescentada uma observação ao fim do texto informando que algumas partes dele foram retiradas da Wikipédia e que o mesmo fosse feito em textos passados ou futuros se aplicável. Afinal, alguém que alveja os telhados de vidro alheios -- atitude que apoio e incentivo, desde que feita responsavelmente visando o interesse coletivo e não favorecimento próprio -- deve sempre cuidar para que seu próprio telhado seja sólido como uma rocha. Se não por medo de represálias, ao menos por coerência moral.
Cordialmente,
Gulherme Costa.