É uma vergonha o que a direção do
IASEP (Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Pará) está fazendo
com os Funcionários Públicos Estaduais em Tucuruí. Pobre do servidor do Estado que
ficar doente e precisar deste órgão.
A “Via Sacra” do servidor começa
logo de início no cadastramento. Para ser atendido pela primeira vez o servidor
tem que se cadastrar, no site do IASEP consta a relação de documentos a serem apresentados,
mas quando o servidor chega ao órgão eles exigem outros documentos, fazendo com
que o servidor doente e debilitado se estresse ainda mais com a perda de tempo.
Mas não para por aí, para
apresentar atestado médico para licença por motivo de doença por mais de quatro
dias, o IASEP EXIGE a perícia com médico da instituição, e aí começa realmente
o pesadelo.
Em primeiro lugar o paciente tem
que adivinhar onde se localiza o IASEP em Tucuruí, pois o mesmo está
localizado em cima da Farmácia Droga Norte na Travessa Lauro Sodré, e não tem sequer uma placa indicando
que ali funciona o atendimento da instituição.
Depois de localizar o prédio, o
paciente caso vá com veículo próprio tem de rezar para conseguir estacionar
perto do prédio, caso contrário tem de andar muito.
Vencidas estas três primeiras etapas, o
sofrimento do paciente (alguns são deficientes físicos e outros recém-operados) aumenta e continua...
Ao chegar à frente do prédio o paciente se depara com uma escada enorme, bastante íngreme e com degraus estreitos, agora imaginem um deficiente físico ou uma pessoa operada escalando uma escada como esta.
Ao chegar à frente do prédio o paciente se depara com uma escada enorme, bastante íngreme e com degraus estreitos, agora imaginem um deficiente físico ou uma pessoa operada escalando uma escada como esta.
Após a escalada da escada o
paciente tem de ser muito paciente para esperar o perito chegar (não tem hora certa para atendimento, eles marcam para "depois" das nove, "depois" das onze...) e esperar a sua vez de
ser atendido, o que às vezes demora horas. Isso sem contar com o acesso (quando
tem) ao banheiro e até mesmo a um bebedouro que ficam nos fundos atrás de uma porta fechada.
Caso o paciente tenha
complicações em seu tratamento e tenha que apresentar outro atestado médico começa tudo de novo,
menos o cadastramento, mas o resto é a mesma coisa.
Ora, uma instituição que atende pessoas com problemas de saúde tem de no mínimo oferecer acessibilidade, isso é óbvio. Por coincidência o prédio em questão, pertence e é alugado de um político local que tem grande influencia junto ao governo municipal e estadual.
Mas a pergunta que não quer calar
é: Por que o IASEP resolveu se instalar em um prédio e local tão inadequado?
Outra pergunta que não quer
calar: Os servidores do Estado não tem um sindicato para defendê-los e denunciar
esta situação à justiça?
E os próprios servidores, porque se submetem calados e
conformados a este abuso? Será que é porque eles não têm consciência dos seus
direitos, ou não tem voz na imprensa, ou tem medo, ou ainda porque não
acreditam que alguém possa fazer alguma coisa?
Com a palavra o Ministério
Público, os sindicatos dos Servidores do Estado do Pará e o Conselho de Saúde.
Vejam as imagens do absurdo.
O IASEP, prédio sem identificação. |
Sala de atendimento, o banheiro e a água ficam atrás da porta nos fundos que fica normalmente fechada. |
A escada que tem de ser escalada pelos pacientes para fazer a Perícia. |
ISSO É UMA VERGONHA!!!