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quinta-feira 12 2010

O Espiritismo

 

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).


Doutrina Espírita

Allan Kardec, o codificador e sistematizador da Doutrina Espírita.

A Doutrina Espírita, espiritismo ou kardecismo, segundo a definição de seu codificador, o pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail - que adotou o pseudônimo Allan Kardec - é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. 

O termo mais apropriado para designar esta doutrina é a denominação espiritismo, conforme orientação expressa no primeiro livro da codificação da doutrina, O Livro dos Espíritos. Já o termo "kardecismo" foi introduzido por parte dos seus seguidores como forma de distinguí-la de outras crenças e religiões existentes, principalmente no Brasil, sendo, entretanto, sob a luz do próprio Espiritismo um termo equivocado, já que poderia induzir ao entendimento de que o papel de Allan Kardec extrapola os limites da codificação e sistematização didática dos ensinamentos da Doutrina ou que existam várias correntes de pensamento dentro do espiritismo.

É importante ressaltar ainda que, quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria é, por definição, espiritualista, independente de sua religião, sendo, portanto, o espiritualismo enquanto oposição ao materialismo, o pilar fundamental da maioria das doutrinas religiosas.

No caso do Espiritismo, a principal diferença entre esta doutrina e a maioria das demais religiões é sua crença na possibilidade de comunicação entre o mundo corporal e o mundo espiritual, contudo, a fé nesta possibilidade de comunicação gera grande confusão por parte dos leigos entre o Espiritismo e as religiões afro-brasileiras, contudo, cada uma delas possui origens completamente distintas umas das outras.

Nascido no século XIX, no dia 18 de Abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos, o Espiritismo se estruturou a partir de diálogos estabelecidos por espíritos desencarnados que, se manifestando por meio de médiuns, discorreram sobre temas religiosos sob a ótica da Moral Cristã, ou seja, tendo por princípio o amor ao próximo. 
Desta forma foi estabelecido o preceito primário da Doutrina, de que só é possível buscar o aprimoramento espiritual através da caridade aos semelhantes (Lema: Não há salvação fora da caridade), além de trazer a luz novas perspectivas sobre diversos temas de grande relevância filosófica e teológica.

O Espiritismo se caracteriza pelo ideal de compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de conhecimento, que seriam a ciência, a filosofia e a moral. Segundo Kardec, cada uma delas, tomada isoladamente, tende a conduzir a excessos de ceticismo, negação ou fanatismo. 

A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade. Kardec sintetiza o conceito com a célebre frase: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão em todas as épocas da humanidade”.

A doutrina espírita adota a Moral cristã, apesar de suas concepções teológicas diferenciadas. Para os espíritas, nome dado aos seguidores do Espiritismo, Jesus Cristo se trata do espírito mais elevado a já ter encarnado na Terra, bem como o modelo de conduta para o auto-aperfeiçoamento humano, tendo provado, pela prática da caridade absoluta e pela sua própria encarnação, que o homem pode suportar as provas necessárias para a sua elevação espiritual.

Princípios

Allan Kardec, em "Obras Póstumas", propõe que o espiritismo seja uma doutrina natural, passível de ser interpretada ou não como religião pelos homens, isto é, capaz de colocar o homem – ou o espírito – diretamente em relação com Deus.

Para efeitos didáticos, os princípios foram situados na parte superior deste artigo por serem objeto de maior interesse ao público em geral que a história do espiritismo. Além disso, alguns leitores não visualizam o artigo inteiro e podem ter uma impressão completamente equivocada do termo, dada a peculiaridade de sua história. 

O termo sendo referenciado pela comunidade que o integra, deve ser evidenciado por sua essência e não pelas curiosidades, pois seria uma abordagem leviana e frívola.

A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:

    * Na existência e unicidade de Deus, desconstruindo o dogma da Santíssima Trindade;
    * Na existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação Divina;
    * Na defesa da reencarnação como o mecanismo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
    * No conceito de criação igualitária de todos os espíritos, "simples e ignorantes" em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre-arbítrio;
    * Na possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos"), por meio da mediunidade;
    * Na Lei de Causa e Efeito, compreendida como mecanismo de retribuição ética universal a todos os espíritos, segundo a qual nossa condição é resultado de nossos atos passados;
    * Na pluralidade dos mundos habitados, a idéia de que a Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo.

Além disso, podem-se citar como características secundárias:

    * A noção de continuidade da responsabilidade individual por toda a existência do Espírito;
    * Progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
    * Volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição.  

Os espíritas não crêem na metempsicose.

    * Ausência total de hierarquia sacerdotal;
    * Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade nem o fazer visando a segundas intenções;
    * Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita;
    * Total ausência de culto a imagens, altares, etc;
    * Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento;
    * Incentivo ao respeito para com todas as religiões e opiniões.

Embora a Doutrina Espírita não seja oriunda do Brasil, este é o país que possui a maior quantidade de adeptos. A Federação Espírita Brasileira, que integra o Conselho Espirita Internacional, é a principal entidade divulgadora da Doutrina Espírita no Brasil. 

Outra organização de vulto é a Confederação Espírita Pan-Americana. Esta última não concebe o espiritismo como religião, centrando-se apenas nos seus aspectos filosóficos e científicos.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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