Tucano participava de um fórum em Biarritz, onde também estava o assessor Marco Aurélio Garcia
Andrei Netto, de O Estado de S.Paulo
PARIS - O candidato derrotado à Presidência pelo PSDB, José Serra, desferiu ontem, em Biarritz, no sudoeste da França, críticas frontais ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ao qual chamou de populista e "de direita" em seu primeiro compromisso político internacional após a derrota nas eleições no domingo. Quando reclamou da política externa e da aproximação com o Irã, ouviu de um membro mexicano da plateia: "Por que não se cala?"
Outro brasileiro ilustre, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, também estava presente no fórum, mas se retirou antes do discurso de Serra.
Aberto na quinta-feira e encerrado ontem, no País Basco, fronteira com a Espanha, o 11.º Fórum de Biarritz - União Europeia-América Latina visava a discutir as relações políticas, econômicas e sociais entre os dois continentes. O evento não contou com a presença de chefes de Estado, nem mesmo do presidente da França, Nicolas Sarkozy. Nem a Embaixada do Brasil em Paris enviou representantes.
Serra chegou a Biarritz de avião no fim da manhã e foi recebido no aeroporto por autoridades locais. Como a candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, Serra havia sido convidado para participar do evento, mas não confirmara presença até a noite de anteontem. Ao receber o "sim", os organizadores previram que o tucano presidiria uma mesa redonda sobre imigração, mas em razão do horário do desembarque a programação não foi seguida.
Apesar da insistência do Estado, Serra não quis conversar com a imprensa. Em seu pronunciamento, de cerca de uma hora e feito em espanhol, o tucano falou basicamente de economia, fazendo um comparativo entre a conjuntura brasileira e a europeia. Ele criticou a alta carga tributária e a escassez de investimentos públicos. Afirmou que o País é fechado ao exterior, que vive "um processo claro de desindustrialização" e que Lula vem praticando "populismo cambial". "É um governo populista de direita em matéria econômica", atacou.
‘Estado Novo’
Ao falar de política, comparou o governo Lula ao Brasil dos anos 30 e do Estado Novo e criticou a atual política externa, acusando-a de "se unir a ditaduras, como a do Irã". Nesse momento, foi interrompido por um grito, vindo de um membro da Fundação Zapata, do México. "Por que não se cala?" A interrupção, segundo os presentes, provocou constrangimento e troca de ofensas.
No momento em que Serra discursava, Marco Aurélio Garcia já não acompanhava mais as discussões. Ouvido pela reportagem no mesmo momento em que o ex-governador discursava, Garcia não demonstrou interesse em saber o teor da palestra de Serra e justificou o "desencontro" com uma brincadeira: "Não nos encontramos porque o Serra sempre chega atrasado."
Serra e Garcia chegaram a Biarritz evitando a imprensa brasileira. O tucano não apenas não aceitou conceder entrevistas como não permitiu que sua assessoria confirmasse sua presença na França. Em Paris, a Embaixada do Brasil também foi surpreendida pela notícia de sua estada no sul do país. Já Garcia informou a embaixada de sua visita, mas também nenhum comunicado foi distribuído pela assessoria de imprensa.
Outro brasileiro ilustre, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, também estava presente no fórum, mas se retirou antes do discurso de Serra.
Aberto na quinta-feira e encerrado ontem, no País Basco, fronteira com a Espanha, o 11.º Fórum de Biarritz - União Europeia-América Latina visava a discutir as relações políticas, econômicas e sociais entre os dois continentes. O evento não contou com a presença de chefes de Estado, nem mesmo do presidente da França, Nicolas Sarkozy. Nem a Embaixada do Brasil em Paris enviou representantes.
Serra chegou a Biarritz de avião no fim da manhã e foi recebido no aeroporto por autoridades locais. Como a candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, Serra havia sido convidado para participar do evento, mas não confirmara presença até a noite de anteontem. Ao receber o "sim", os organizadores previram que o tucano presidiria uma mesa redonda sobre imigração, mas em razão do horário do desembarque a programação não foi seguida.
Apesar da insistência do Estado, Serra não quis conversar com a imprensa. Em seu pronunciamento, de cerca de uma hora e feito em espanhol, o tucano falou basicamente de economia, fazendo um comparativo entre a conjuntura brasileira e a europeia. Ele criticou a alta carga tributária e a escassez de investimentos públicos. Afirmou que o País é fechado ao exterior, que vive "um processo claro de desindustrialização" e que Lula vem praticando "populismo cambial". "É um governo populista de direita em matéria econômica", atacou.
‘Estado Novo’
Ao falar de política, comparou o governo Lula ao Brasil dos anos 30 e do Estado Novo e criticou a atual política externa, acusando-a de "se unir a ditaduras, como a do Irã". Nesse momento, foi interrompido por um grito, vindo de um membro da Fundação Zapata, do México. "Por que não se cala?" A interrupção, segundo os presentes, provocou constrangimento e troca de ofensas.
No momento em que Serra discursava, Marco Aurélio Garcia já não acompanhava mais as discussões. Ouvido pela reportagem no mesmo momento em que o ex-governador discursava, Garcia não demonstrou interesse em saber o teor da palestra de Serra e justificou o "desencontro" com uma brincadeira: "Não nos encontramos porque o Serra sempre chega atrasado."
Serra e Garcia chegaram a Biarritz evitando a imprensa brasileira. O tucano não apenas não aceitou conceder entrevistas como não permitiu que sua assessoria confirmasse sua presença na França. Em Paris, a Embaixada do Brasil também foi surpreendida pela notícia de sua estada no sul do país. Já Garcia informou a embaixada de sua visita, mas também nenhum comunicado foi distribuído pela assessoria de imprensa.
Na condição de "Tucano Depenado" ele teria que ter ouvido o seguinte: Porque não cala o bico ? ´
ResponderExcluirIsso é que dá, Tucano com dor de cotovelo, ir cantar de galo no terreiro alheio.