Mayara Petruso teria publicado mensagem preconceituosa após eleição de Dilma.
Do R7
O escritório Peixoto e Cury Advogados enviou uma nota informando que a estudante de direito Mayara Petruso, apontada como autora de uma mensagem que desencadeou uma onda de preconceito contra os nordestinos no Twitter, não trabalha mais no local.
O escritório também lamentou o comentário “infeliz” da jovem. Mayara, que trabalhava como estagiária, teria publicado um comentário no qual responsabilizava a população do Nordeste pela vitória da petista Dilma Rousseff na disputa presidencial. “Nordestino não é gente, façam um favor a SP, mate um nordestino afogado!”, dizia a mensagem.
Em meio à polêmica, os perfis criados em nome da estudante foram excluídos do Twitter e do Facebook. Inicialmente, o R7 informou que a estudante havia sido demitida do escritório. Entretanto, a assessoria da empresa esclareceu posteriormente que a estagiária apenas “não faz mais parte dos quadros do escritório”.
A empresa não informou se a saída da jovem tem ligação com a polêmica. “Com muito pesar e indignação, [o escritório] lamenta a infeliz opinião pessoal emitida, em rede social, pela mesma, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis”, diz o comunicado. A seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Pernambuco vai entrar nesta quinta-feira (4) com uma representação no Ministério Público Federal em São Paulo contra a estudante.
O presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, explicou que a notícia crime será apresentada contra Mayara porque ela já foi identificada, o que não impede que a medida seja tomada também em relação a outras pessoas. - O fato de ela ser uma estudante de direito é ainda mais grave, porque ela é preparada para exercer, futuramente, uma profissão que tem como função legal defender as políticas de direitos humanos e a justiça social.
É inconcebível uma universitária, mesmo que não fosse universitária, dar uma declaração dessa natureza, ofensiva com a população de uma região. Mas isso não é só contra ela, é contra todas aquelas pessoas que participaram dessa onda.
A OAB-PE pede a instauração de uma ação penal, para que a estudante responda pelos crimes de racismo e incitação pública para ato delitoso - que, no caso, seria homicídio.
A estudante não foi localizada pelo R7 para comentar o caso.
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