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sexta-feira 10 2010

Tucanos articulam reação para blindar Aécio


Partido traça estratégia para defender candidato ao Senado, acusado por petistas de elaborar dossiê contra Serra

Julia Duailibi, Malu Delgado, Ana Paula Scinocca - O Estado de S.Paulo

As acusações contra o candidato do PSDB ao Senado por Minas Gerais, ex-governador Aécio Neves, sobre uma suposta vinculação dele com responsáveis pela elaboração de um dossiê contra pessoas ligadas ao presidenciável José Serra, levaram o comando da campanha tucana a se preparar para rebater o episódio, tratado com discrição interna.

Em passagem por São Paulo ontem, o mineiro marcou reunião para discutir o tema com integrantes da campanha do PSDB. O objetivo era avaliar a necessidade de uma ofensiva às acusações feitas contra Aécio por integrantes do PT.

O secretário de comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), deu mais munição à polêmica ao explicitar o que petistas falam nos bastidores há dias: o DNA do suposto dossiê estaria na disputa entre Aécio Neves e José Serra pela vaga para disputar a Presidência da República.

"A origem é uma briga interna do PSDB, e eles estão tentando passar isso para nós", disse Vargas ao Estado. Na quarta-feira, em entrevista ao Terra Magazine, o petista afirmou que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) cometeu um erro político ao se aproximar de Aécio. O tucano e Pimentel foram os fiadores da aliança que elegeu Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura da capital mineira.

"Essa relação muito íntima com adversários figadais não dá certo. Aécio se preparou para uma guerra contra o Serra, que não aconteceu. Aí acabou uma mina ativa para a gente. A mina ficou ativa", disse o deputado.

Mal-estar. Ontem, Vargas tentou desfazer o mal-estar provocado no PT ao remexer o caso. "Não estou responsabilizando o Pimentel por nada. O que eu estou dizendo é que teve uma ação contra o Serra organizada pelo Amaury (o jornalista Amaury Ribeiro Júnior), que trabalhou no Estado de Minas, que é ligadíssimo ao Aécio. É isso que eu falei", justificou o secretário do PT.

Tucanos refutam acusações de envolvimento de Aécio com o episódio. Dizem se tratar de uma estratégia dos adversários para ocultar o envolvimento do PT.

"Isso é coisa do PT, não do PSDB. É um balão de ensaio que estão soltando, e Vargas perdeu o senso de realidade", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pedirá a abertura de inquérito para investigar se houve crime de calúnia contra Aécio.

O secretário petista tentou se explicar com Pimentel. Procurado, o ex-prefeito limitou-se a divulgar uma nota: "O deputado confunde uma aliança política vitoriosa em 2008 com versões que nada têm a ver com a minha trajetória pública e pessoal e menos ainda com o ambiente político de Minas. É uma análise equivocada, motivada pela circulação de denúncias e acusações sem prova que, infelizmente, poluem o noticiário da mídia."

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